Imigração Manchete

Após vitória nas prévias republicanas, Trump chama imigrantes de ‘terroristas’ e reforça retórica anti-imigração

Durante seu pronunciamento, Trump declarou que os EUA estão sendo "invadidos" e assegurou que "fechará a fronteira" entre os Estados Unidos e o México

Trump promete política dura contra imigração (Gage Skidmore – Flickr)

Após conquistar a liderança nas primeiras prévias do Partido Republicano para as eleições presidenciais dos Estados Unidos em Iowa, o ex-presidente Donald Trump fez um discurso enfático, resgatando sua retórica anti-imigração característica de seu mandato entre 2017 e 2021. Durante seu pronunciamento, Trump classificou os imigrantes do país como “terroristas”, declarou que os EUA estão sendo “invadidos” e assegurou que “fechará a fronteira” entre os Estados Unidos e o México.

O ex-presidente prometeu um “nível de deportações que não vemos desde Dwight Eisenhower”, referindo-se ao presidente dos EUA na década de 1950, responsável por um programa de expulsão de mais de 1 milhão de imigrantes. Sem apresentar números ou evidências, Trump alegou que “muitos terroristas estão vindo” e sugeriu que “hospitais psiquiátricos estão sendo esvaziados”, com os pacientes migrando para os Estados Unidos.

Além disso, Trump criticou veementemente o atual presidente, Joe Biden, a quem chamou de “o pior presidente da história dos EUA”, acusando-o de estar destruindo a nação e afirmou que, ao redor do mundo, as pessoas estão “rindo dos americanos”.

Durante o discurso, Trump mudou o tom de disputa e elogiou os pré-candidatos republicanos Ron De Santis e Nikki Halley, expressando confiança de que o país está próximo de colocar “a América em primeiro lugar”, um dos slogans emblemáticos de seu mandato presidencial.

A postura “dura” diante do tema da imigração por parte de Trump tem sido endossada pelos eleitores republicanos. Uma pesquisa da CBS divulgada recentemente indicou que 72% dos republicanos entrevistados concordam com a afirmação de que estrangeiros estão “envenenando o sangue” americano. A fala do ex-presidente foi interpretada pela Casa Branca como “retórica da Alemanha nazista”.

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