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Ataque de drone mata três militares dos EUA na Jordânia; Biden promete resposta

O Comando Central dos Estados Unidos informou que a base atingida é uma importante instalação logística com quase 350 integrantes das forças armadas americanas

Biden promete resposta a ataque à base americana. Foto: The Nation

No último domingo (28), um ataque com drone na Jordânia resultou na morte de três militares americanos e deixou 34 feridos, próximo à fronteira com a Síria. O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou sua determinação em responsabilizar os envolvidos e atribuiu a autoria do ataque a grupos associados ao Irã. O Comando Central dos Estados Unidos (Centcom) informou que a base atingida é uma importante instalação logística com quase 350 integrantes das forças armadas americanas.

Durante uma viagem à South Carolina nesta segunda-feira (29), Joe Biden expressou pesar pela perda dos soldados, chamando-os de “almas valentes”. O governo da Jordânia condenou o ataque, classificando-o como terrorista, e destacou que as tropas americanas atingidas colaboram com o país no combate ao terrorismo. A condenação ao ataque também foi manifestada por Bahrein, Egito e Reino Unido. O ministro britânico das Relações Exteriores, David Cameron, pediu ao Irã para “desescalar” a crise na região.

No Telegram, a Resistência Islâmica no Iraque, uma aliança de grupos armados pró-Irã, reivindicou a responsabilidade pelos ataques com drones no domingo, incluindo aqueles contra bases sírias próximas à fronteira com a Jordânia. O porta-voz do Hamas, Sami Abu Zuhri, interpretou as mortes como uma mensagem ao governo americano, associando-as ao conflito em Gaza. O presidente Joe Biden culpou grupos radicais apoiados pelo Irã e prometeu punir os responsáveis.

Enquanto isso, em Paris, uma nova rodada de negociações busca um acordo de cessar-fogo entre Israel e o Hamas, com representantes dos Estados Unidos, Catar, Egito e Israel. A União Europeia aguarda a investigação sobre o ataque da ONU a Israel em outubro, enquanto nove países suspenderam suas contribuições à agência responsável pela ajuda humanitária aos palestinos.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, condenou o envolvimento de funcionários da entidade no ataque, pedindo a retomada da ajuda pelos países suspensos. O caso levanta preocupações sobre uma possível escalada para uma guerra regional no Oriente Médio.

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