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Ataques a navios no Mar Vermelho podem impactar o comércio internacional marítimo

Os rebeldes Houthis, apoiados pelo Irã, intensificaram os ataques a navios comerciais como parte de seu apoio declarado ao Hamas

Rebeldes Houthis, originários do Iêmen, atacam navios no Mar Vermelho. Foto: Balkan Periscope

A escalada dos ataques a navios comerciais no Mar Vermelho por parte dos rebeldes Houthis, originários do Iêmen, está gerando preocupações sobre o impacto no comércio internacional marítimo. Nos últimos dias, várias companhias marítimas começaram a evitar um dos principais corredores comerciais do mundo, o que pode resultar em aumentos nos preços do petróleo e de outros bens, alertam especialistas.

A suspensão temporária da navegação pelo Mar Vermelho foi anunciada por grandes transportadoras marítimas. A região é vital para o transporte de matérias-primas, como petróleo e gás natural liquefeito, e bens de consumo, sendo responsável por 12% do comércio mundial, segundo a Câmara Internacional do Transporte Marítimo (ICS). O desvio das rotas de fornecimento pode causar atrasos no fornecimento e aumentar os custos, uma vez que redirecionar os navios para outras rotas implica em aumento de tempo, custos de combustível e de seguro para o transporte marítimo.

A gigante petrolífera BP anunciou a suspensão de todo o trânsito no Mar Vermelho na segunda-feira (18), intensificando as preocupações sobre os impactos no mercado internacional. O secretário norte-americano da Defesa, Lloyd Austin, condenou os ataques dos Houthis, afirmando que ameaçam o livre fluxo do comércio, colocam em perigo marinheiros inocentes e violam o direito internacional.

Os rebeldes Houthis, apoiados pelo Irã, intensificaram os ataques a navios comerciais como parte de seu apoio declarado ao Hamas e em resposta aos acontecimentos na região, especialmente os confrontos entre o Hamas e Israel. Ainda que medidas internacionais estejam sendo tomadas para proteger a rota marítima, os Houthis afirmam que não vão interromper os ataques contra navios comerciais no Mar Vermelho.

*com informações da Agência Brasil

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