Quatro pessoas já morreram este ano na Flórida após contraírem infecção por Vibrio vulnificus, uma bactéria rara e agressiva, popularmente conhecida como “comedora de carne”. Segundo dados oficiais do Departamento de Saúde do estado, foram registrados, até agora, 11 casos de contaminação em 2025. Em 2024, foram confirmadas 82 infecções e 19 mortes no estado, enquanto no ano anterior ocorreram 46 casos e 11 óbitos.
A bactéria está presente em águas salobras e quentes, e a infecção acontece por meio do contato com feridas abertas ou pela ingestão de mariscos crus, especialmente ostras. Embora a maioria das pessoas infectadas apresente apenas sintomas leves, os riscos são elevados — especialmente para portadores de doenças crônicas, como cirrose hepática, diabetes, câncer ou imunossupressão.
O diagnóstico é realizado por meio de exames laboratoriais de sangue, fezes ou amostras de feridas. Casos leves são tratados com hidratação e repouso, mas infecções graves exigem o uso de antibióticos. Em algumas situações, cirurgias são necessárias para remover tecido necrosado — e, em casos extremos, pode ser indicada a amputação.
Os sintomas iniciais da doença, conhecida como vibriose, incluem vômitos, diarreia, febre, dor abdominal e infecções cutâneas graves. As áreas afetadas podem apresentar vermelhidão, inchaço, bolhas e secreção. Quando a bactéria atinge a corrente sanguínea, a taxa de mortalidade pode chegar a 50%. Em casos mais severos, pode causar fasciíte necrosante, quando os tecidos ao redor da ferida morrem rapidamente.
