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Biden visita a Flórida em apoio às vítimas do furacão Idalia e Ron DeSantis evita encontro com o presidente

Assessores de DeSantis justificaram a ausência do governador durante a visita do presidente dizendo que “os preparativos de segurança para organizar tal reunião interromperiam os esforços de recuperação em andamento”

Biden e a primeira-dama Jill visitam a Flórida após furacão Idalia. Foto: Twitter

O presidente Joe Biden visitou a Flórida no sábado (2) para avaliar a destruição causada pelo furacão Idalia e consolar as vítimas da tempestade. Ele foi recebido pelo senador republicano Rick Scott, sem a presença esperada do governador do estado, Ron DeSantis. Questionado se estava desapontado por DeSantis não ter comparecido, Biden disse que não. “Ele pode ter tido outros motivos, mas nos ajudou a planejar a visita”, disse aos repórteres. “Ele sentou-se com a FEMA e decidiu para onde deveríamos ir”, disse o presidente, referindo-se à Agência Federal de Gestão de Emergências.

Na sexta-feira (1º), assessores de DeSantis informaram que o governador não tinha planos de se encontrar com Biden, justificando que “os preparativos de segurança necessários para organizar tal reunião interromperiam os esforços de recuperação em andamento no estado”.

Durante a visita, Biden fez um passeio aéreo e conversou com autoridades locais e socorristas em Live Oak, cidade duramente atingida pela tempestade. Ele viu casas destruídas, árvores caídas e disse que ninguém “inteligente” poderia duvidar que as mudanças climáticas estavam acontecendo.

DeSantis, que concorre às primárias presidenciais pelo Partido Republicano, passou o sábado a cerca de 50 milhas de distância do presidente e candidato à reeleição, visitando pequenas comunidades ao longo da costa do Golfo da Flórida, de acordo com sua programação oficial.

O fracasso das autoridades em se reunir não terá impacto nos esforços de recuperação, garantiu a chefe da FEMA, Deanne Criswell. Em coletiva de imprensa, ela disse que as operações de busca e resgate foram concluídas e que as autoridades estão agora focadas em restaurar a energia nas regiões afetadas. Menos de 1% dos habitantes da Flórida estavam sem energia no sábado (2), disse ela, embora esse número tenha sido significativamente maior em algumas áreas diretamente afetadas pelo furacão.

A Casa Branca apelou ao Congresso para fornecer $16 mil milhões em financiamento provisório para reforçar o fundo de ajuda humanitária da FEMA, que a agência disse que se esgotará na primeira quinzena de setembro se não for reabastecido. Falando no sábado na Flórida, Biden mais uma vez pediu ao Congresso que agisse. “Essas crises estão afetando cada vez mais americanos, e todo americano espera regularmente que a FEMA apareça quando for necessário”, disse Biden. “Estou apelando ao Congresso dos Estados Unidos – Democratas e Republicanos – para garantir que o financiamento esteja disponível.”


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