O ex-presidente do Brasil, Jair Messias Bolsonaro, foi preso na manhã de sábado (22) e levado à delegacia da Polícia Federal (PF) em Brasília. A ordem de prisão foi dada pelo ministro do Supremo Tribunal (STF), Alexandre de Moraes, por recomendação da PF. Segundo a PF, o ex-presidente teria violado a tornozeleira eletrônica por volta da meia-noite de sábado (22), o que seria um indício de tentativa de fuga.
Uma vigília convocada pelo filho dele, o senador Flávio Bolsonaro, do Partido Liberal (PL), em frente à casa do pai, “configura altíssimo risco a ordem pública e a efetividade da lei penal”, escreveu Moraes na ordem de prisão. Segundo Flávio, o ato foi pela saúde de Bolsonaro.
O condomínio onde Bolsonaro mora fica a 13 quilômetros do setor em Brasília onde se concentram várias embaixadas. Sem tornezeleira e no meio do tumulto causado pela vigília, o ex-presidente poderia escapar e pedir asilo na embaixada da Argentina, plano que já constava nas investigações que levaram à sua condenação por crimes contra a democracia, segundo Moraes.
O ex-presidente foi levado para a sede da PF, onde vai passar por exames de corpo de delito e terá audiência com um juiz no domingo (23). Bolsonaro foi condenado a 27 anos e 3 meses de prisão em setembro por tentativa de golpe de estado. Ainda cabe recurso para a sentença. A prisão de sábado é preventiva, não tem relação com a condenação e não tem prazo determinado.
