Comunidade

Brasileira dá à luz trigêmeas idênticas em NY sem fazer tratamento para engravidar

Chances de uma gravidez natural tripla é de uma em 200 milhões; Alana, Brenda e Claire têm pouco mais de um mês de vida e são muito saudáveis

Kerelin Nantes com as trigêmeas FOTO: Cortesia
Kerelin Nantes com as trigêmeas FOTO: Cortesia

A rotina da brasileira Kerelin Stumpf Nantes, de 31 anos, não tem sido nada fácil, mas ela não reclama. Desde que as trigêmeas Alana, Brenda e Claire voltaram para casa depois de ficarem 16 dias na UTI neonatal, Kerelin não sabe o que é ter mais que duas horas inteiras de sono por noite. As trigêmeas idênticas (univitelinas) nasceram no dia 11 de março em um hospital de New York.

Kerelin, que é de Campo Grande (MS), e vive nos EUA há três anos, também é mãe de Evie, de um ano e sete meses. “Tenho quatro bebês em casa”, comentou a brasileira em entrevista ao AcheiUSA. Para diferenciar uma das outras, a mãe pintou as unhas das meninas de verde, amarelo e azul. “Elas são muito iguais, ainda não consigo saber quem é quem”.

Ela contou que, depois que a filha mais velha completou um ano, ela e o marido Wallace Nantes, resolveram tentar o segundo filho. “Nós queríamos ter outro filho para ‘fechar a fábrica’”. Depois de constatar que estava grávida e ir até o hospital fazer a primeira consulta pré-natal, Kerelin levou um susto ao ver três coraçõezinhos batendo. “Eu fiquei em choque. A enfermeira saiu da sala para chamar o médico e cinco especialistas entraram na sala de uma vez. Fiquei apavorada e rezando para que eu tivesse visto algo errado e que só tinha um coração batendo. Mas não, eram três”.

Segundo a brasileira, os médicos foram muito atenciosos e explicaram que se tratava de uma gravidez muito rara – um caso a cada 200 milhões – e de alto risco. Ela não fez nenhum tratamento para engravidar e só tem um caso de gêmeos na família dela, um tio avô. “Nunca esperei que fosse ter gêmeos na minha vida, foi um grande choque”.

Os médicos deram a ela todas as opções, inclusive a de abortar, que é permitido por lei, já que se tratava de uma gravidez de risco. Eu poderia retirar um ou dois fetos”, explicou. Ela foi com o marido para casa, chorou muito, pensou muito e resolveu levar a gravidez adiante.

A sul mato-grossense de 1.75m de altura já trabalhou como modelo e, antes de ficar grávida, pesava 55kg. Segundo ela, sua altura e a vida saudável que sempre levou, contribuíram para uma gravidez bem tranquila.

As meninas nasceram com 33 semanas de parto cesariana. Elas tiveram algumas dificuldades respiratórias e foram levadas para a UTI neonatal e hoje estão cheias de saúde.  “Havia uma equipe médica para cada bebê. Fomos muito bem tratadas durante toda a gravidez”.

Rotina

Como a maior parte das mães que vivem fora de seu país natal, Kerelin está contando com a ajuda da mãe e da irmã que vieram do Brasil. Em maio, chega a sogra. “É impossível para mim cuidar dos bebês e da minha filha mais velha sozinha. Preciso de ajuda. Elas têm fome ao mesmo tempo. Amamento duas juntas, depois a terceira. Uma acorda, a outra dorme. Eu não paro um minuto. E à noite, que é a parte mais difícil, consigo dormir no máximo duas horas”. “Apesar de todo o trabalho, somos muito abençoados. As meninas são muito saudáveis, estão ganhando peso e isso é o que importa”.

Os gastos da família triplicaram. São muitas fraldas, remédios e roupas. “Estamos contando com a ajuda dos amigos, que nos deram roupas e fraldas, mas qualquer ajuda é bem-vinda nesta hora”. Uma página no GoFundMe foi aberta em nome da família para quem puder ajudar.

Para contar um pouco da sua rotina como mãe de trigêmeas, ela abriu uma página no Instagram: @vireimommy.

Brasileira com o marido e a filha mais velha, Evie
Brasileira com o marido e a filha mais velha, Evie

 

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