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Brasileiro residente em Broward (FL) é acusado de abuso sexual infantil; mãe pede que outras vítimas denunciem

Marcio Alex Medeiros Sermoud é acusado de abusar de pelo menos quatro crianças; o caso foi relatado com exclusividade ao AcheiUSA pela mãe de três das vítimas

Marcio Alex Medeiros Sermoud, de 51 anos, é acusado de abuso sexual infantil. Foto: Mugshots Zone

Um brasileiro foi preso acusado de abusar sexualmente de pelo menos quatro crianças com idades entre 6 e 11 anos. Marcio Alex Medeiros Sermoud, de 51 anos, foi detido em Orange County, na Flórida, no dia 12 de outubro e aguarda julgamento sem direito à fiança. Ele é conhecido da comunidade brasileira no Sul da Flórida, especialmente pelos trabalhos voluntários que fazia junto a Calvary Chapel e a polícia de Broward.

O caso foi relatado com exclusividade ao AcheiUSA pela mãe de três das vítimas. Segundo Maria (nome fictício para preservar a identidade da entrevistada), Alex (como é conhecido), era um amigo de longa data de sua família. “Somos amigos há 30 anos, nossos filhos cresceram juntos”, contou Maria, que atualmente vive em Windermere, região metropolitana de Orlando. “Nos conhecemos em New Jersey e, pouco depois de mudarmos para a Flórida, ele também veio com a família”, disse. Maria conta que Alex frequentava sua casa e, eventualmente, ficava sozinho com suas filhas. “Ele sempre foi muito brincalhão com as crianças”, recorda. “A gente nunca desconfiou de nada”.

Foi só no ano passado, quando a filha mais nova de Maria completou 18 anos, que ela tomou conhecimento dos abusos. Segundo Maria, as filhas pediram que Alex não fosse convidado para a formatura da caçula no High School. “A princípio, não entendi o comportamento delas, mas, depois da festa, minha filha mais velha finalmente me contou o motivo”, disse. De acordo com Maria, as filhas — hoje com 19, 23 e 26 — relataram que foram abusadas por Alex quando crianças. Por medo e vergonha, nenhuma delas havia contado a ninguém. “Foi só quando elas já tinham maturidade suficiente para entender, que elas primeiro conversaram entre si para só depois me contar”, disse a mãe. “Segundo elas, toda oportunidade que ele tinha, obrigava as meninas a tocar nas partes íntimas dele. Isso aconteceu quando elas eram bem pequenas”.

Maria resolveu então procurar a polícia, que recomendou que ela não confrontasse Alex enquanto o caso estivesse em investigação. “Durante três meses, vivi a aflição de conversar com a esposa dele, que é uma das minhas melhores amigas, sem poder contar nada”, disse. Foi assim até Alex resolver mudar novamente para New Jersey. “Ele foi primeiro e, quando vi minha amiga fazendo planos para mudar também, achei que era hora de revelar”, falou. “Eu sabia que ele corria risco de ser preso e eu não queria que a esposa dele, minha amiga, fosse pega de surpresa”, disse.

Com a história enfim revelada, o marido de Maria, pai das meninas abusadas, confrontou Alex por telefone. Ele negou a acusação, mas, no dia seguinte, abandonou seu emprego e fugiu para o Brasil. “Novamente, entrei em contato com a polícia e mostrei que ele havia fugido depois que colocamos ele na parede”, disse. Após Alex sair do país, Maria conta que chegou a perder a esperança de conseguir justiça no caso das filhas. “Achei que nunca mais encontraríamos ele”.

Até que, em outubro do ano passado, uma conhecida da esposa de Alex viu ele no avião com destino a New Jersey. “Dias depois, outra amiga contou ter visto ele em uma academia, também em New Jersey”. Maria entrou novamente em contato com a polícia, dando o paradeiro do suspeito. “Ele foi preso lá e transferido para a Flórida”, disse.

Nesse meio tempo, outra vítima denunciou Alex por abuso sexual infantil. “Eu acredito que existam mais vítimas, por isso resolvi procurar a imprensa”, disse Maria. “Eu não quero expor minhas filhas, tampouco a outra vítima e minha amiga, que já se divorciou dele, mas não posso dormir sossegada pensando que, assim como minhas filhas, outras crianças podem ter sido abusadas por ele e não têm coragem de contar”, completou.

Maria recomenda que vítimas de Marcio Alex Medeiros Sermoud o denunciem para a polícia. “Ele tem que pagar pelo que fez”.

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