Esportes

Cheirinho de drama!

Na configuração atual, clubes com 30 pontos ou menos aparentam estar em risco de rebaixamento

O Sport, que tem a maior torcida entre os clubes do Nordeste, é o lanterna do Brasileirão desde a 3ª rodada (Foto: Fernanda Mafra/Wikimedia)
O Sport, que tem a maior torcida entre os clubes do Nordeste, é o lanterna do Brasileirão desde a 3ª rodada (Foto: Fernanda Mafra/Wikimedia)

COLABORAÇÃO / No Ângulo do Gol / Leonardo Macedo @noangulodogol

Temos novamente, a exatas 16 rodadas do final do Brasileirão (com certos clubes tendo ainda partidas pendentes a cumprir), a presença de inúmeras equipes de massa na luta contra o rebaixamento. Na configuração atual, clubes com 30 pontos ou menos aparentam estar em risco. Com isso, há ameaças de queda contra Vasco, Santos, Atlético-MG, Grêmio, Corinthians e até Internacional e Fluminense. Dessa forma, assim como foi em 2023, poderemos ter uma batalha épica contra as últimas colocações.

Antes da largada, quando o tema consiste em fugir da temida Série B, é estimado o total de ao menos 46 ou 47 pontos somados para evitar o descenso. Geralmente há equipes que conseguem permanecer na elite com 44, 43, ou menos. Em casos mais extremos, o Ceará de 2019 e o Palmeiras de 2014 ficaram na 16ª colocação com totais de 39 e 40 pontos, respectivamente. Houve no entanto o caso do Fluminense de 2013, que cairia com 46 se não houvesse a perda de 4 pontos da Portuguesa em virtude da escalação irregular de Héverton, que rebaixou a Lusa. Com base nas projeções dos matemáticos e observando o histórico da Série A desde a implementação do formato de 20 clubes, a tendência é de um clube se salvar com 46, o considerado “número mágico”.

Matemática à parte, há a conhecida “cartilha do rebaixamento”, que inclui uma quantia tão vasta de itens que nem sequer há a necessidade do preenchimento completo dela por parte de um clube para cair. Em contraste, há os que seguem a cartilha quase inteira, porém acabam permanecendo na elite numa espécie de manobra do acaso, algo típico da imprevisibilidade do futebol. Clubes caem quando não se reforçam ou não contratam de maneira apropriada, quando há crises internas, sejam elas políticas, financeiras, de relacionamento (elenco rachado), entre outros. Há também ocorrências em campo no decorrer do campeonato que indicam que um certo clube ao final poderá não se sustentar, como fracassos em compromissos importantes como confrontos diretos, e casos sistemáticos de jogos onde a equipe até mostra potencial e performa bem, mas acaba cedendo o resultado em um erro individual ou coletivo, e por vezes nos acréscimos da etapa complementar. Alguns rebaixados até vivem a “fase da ilusão”, com sequência invicta e até liderança, antes do regresso à realidade.

O descenso não é necessariamente construído apenas no campeonato. Trata-se de uma bomba explodida no final de uma temporada na qual houve uma mistura de componentes de incompetência feita desde os primeiros meses, e/ou é um reflexo dos anos anteriores. Portanto, num campeonato de 38 rodadas, é impossível afirmar que uma equipe não é rebaixada merecidamente se no final ela terminar dentro das últimas quatro posições. A dupla de leões Sport e Fortaleza vem seguindo à risca o manual da queda e não deverão escapar. Quais dois os acompanharão?

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