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Cineasta Michael Moore previu ascensão de Trump e divulgou ‘lista do dia seguinte’

Para o cineasta, não há surpresa na vitória de Trump, cujo plano é destruir os dois partidos

Cineasta e ativista americano Michael Moore
Cineasta e ativista americano Michael Moore

DA REDAÇÃO (com Agência ANSA) – O cineasta e ativista americano Michael Moore, autor de artigo publicado em julho que previa a vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais dos Estados Unidos, publicou no dia seguinte à eleição do magnata, um checklist com cinco pontos, que ele batizou de “lista do dia seguinte”, em referência aos desdobramentos da vitória do candidato republicano.

A lista de medidas vai contra a busca frenética de apoiadores de Hillary Clinton que querem mudar de país e não tem como objetivo ser feita nos próximos meses, mas sim até “o meio-dia”.  O primeiro ponto é fazer com “assumir” o controle do Partido Democrata, de Hillary e de Barack Obama, para “devolvê-lo ao povo”. Segundo Moore, a sigla “falhou miseravelmente” em se aproximar das pessoas. Os números da mídia norte-
americana confirmam o fato, já que, desde que Obama foi eleito em 2008, o partido perdeu mais de 10 milhões de votos – que não foram para os republicanos, mas sim para partidos independentes. Ou ainda, simplesmente, fizeram com quem votou nos democratas naquele ano não sentisse mais vontade de votar.    

O segundo item é voltado para a mídia. “Dispense todos os repórteres, pesquisadores e qualquer outra pessoa da imprensa que tinha uma narrativa […] que negava o que realmente estava acontecendo. Eles são os mesmos que agora dizem que nós devemos ‘superar as divisões’ e ‘ficarmos juntos’. […] Desligue-os”.    

Na terceira dica, Moore pede para que todos os democratas que estão no Congresso tenham a vontade de “lutar, resistir e obstruir” o novo governo assim como os republicanos fizeram nos últimos oito anos com Obama. Quem não tiver esse espírito “deve sair do caminho” e deixar todos que estão dispostos a isso liderar a Casa porque “a loucura está prestes a começar”.    

No quarto ponto, o diretor de “Trumpland”, pede para que os eleitores dos democratas “saiam da bolha” e entendam o “desespero” de muitas pessoas que foram esquecidas pelos governos anteriores e que estão sem emprego e renda. Segundo Moore, essa pessoas foram “negligenciadas” por ambos os partidos e viram em “uma estrela de TV” que tinha como plano “destruir partidos” a saída para a crise.

O último ponto foi escrito em letras garrafais. Dizendo que todos os que votaram nos democratas precisavam falar para todos que encontrassem que “Hillary Clinton ganhou o voto popular”, Moore pede uma reforma no sistema eleitoral que é fruto de “uma arcaica e insana ideia do século 18 chamada Colégio Eleitoral”.    

“Você vive em um país onde a maioria dos cidadãos disse acreditar que há mudança climática, eles acreditam que as mulheres devem ser pagas iguais aos homens, eles querem uma educação livre de dívidas, não querem que invadamos os países, eles querem um aumento no salário mínimo e querem um único e verdadeiro sistema de saúde universal. Nada disso mudou”, acrescentou.

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