Brasil

Cliente acusado de furtar mochila em loja no Brasil quer R$ 1 milhão em indenização

Homem negro tinha acabado de comprar uma mochila na loja Zara quando foi abordado por seguranças do shopping, que retiraram a mochila de suas mãos

Homem foi acusado de furtar mochila que tinha acabado de comprar

O homem negro que foi perseguido e agredido por seguranças após ser acusado de furtar uma mochila que tinha acabado de comprar, vai entrar com pedido de indenização de R$ 1 milhão contra a loja Zara e contra o Shopping da Bahia, em Salvador.

Segundo informações do advogado da vítima, Thiago Thobias, a ação será protocolada na próxima semana, quando o Judiciário volta de recesso de final de ano.

A defesa de Fernandes Júnior, que é natural de Guiné-Bissau, país que fica no continente africano, acredita que apenas o ressarcimento financeiro pode evitar novas práticas de racismo na loja.

“Somente uma indenização de alto valor poderá desestimular os autores de práticas reiteradas de racismo. O caráter educativo e punitivo tem que se fazer suficiente para evitar que tais práticas se repitam”, disse o advogado.

Segundo Thobias, o valor precisa ser suficiente para “abalar economicamente uma empresa do porte da Zara”, e assim evitar outros crimes de racismo.

Entenda o caso

O crime aconteceu no dia 28 de dezembro. Luís mora na Bahia há sete anos e contou que esteve na loja da Zara em busca de uma mochila nova, que viu pela internet. Depois de encontrar a mochila que queria, ele a deixou no caixa e saiu da loja para sacar o dinheiro.

Ao retornar para a Zara, ele fez o pagamento do objeto e então saiu com a compra e a nota fiscal. Com pressa, porque precisava voltar rápido para casa, na região metropolitana de Salvador, ele deixou o troco no caixa e foi ao banheiro, onde acabou abordado pelo segurança.

“Ele ficou atrás de mim. De início, eu não liguei porque não tinha ideia de que seria comigo aquilo. Aí ele chegou perto de mim e falou: ‘eu quero que você devolva agora a mochila que você roubou na loja da Zara’. Eu respondi que tinha comprado a mochila e ainda falei que tinha o comprovante, mas ele não quis ouvir e insistiu para que eu devolvesse”, contou ele.

Depois disso, o segurança – que não teve identidade divulgada – tomou a mochila da mão de Luís e saiu pelo corredor. (Com informações do G1)

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