Local

Clínica de cirurgia plástica em Miami é fechada após acusações de procedimentos ilegais

Além da atuação de falsos médicos, o local responde por deficiências graves na estrutura física e no operacional

As proprietárias são mencionadas em múltiplos relatórios como responsáveis pela administração do local onde ocorreram os procedimentos não autorizados (Foto: Reprodução TV)
As proprietárias são mencionadas em múltiplos relatórios como responsáveis pela administração do local onde ocorreram os procedimentos não autorizados (Foto: Reprodução TV)

As responsáveis pela New World Medical & Mystic Cosmetic Surgery, localizada em Little Havana, entregaram a licença do centro de cirurgia estética, que é alvo de investigações das autoridades de saúde da Flórida. A revogação voluntária, divulgada pelo Departamento de Saúde estadual, foi motivada por uma ordem emergencial que já havia suspendido as atividades da clínica. Entre as irregularidades estão procedimentos invasivos realizados por pessoas sem registro profissional.

O inquérito revelou que Wilson Muñoz Suárez, de 60 anos, e Manuel José Lazzaro, de 58, realizavam cirurgias plásticas no local sem possuir licença médica. Nas redes sociais, Muñoz se apresentava como cirurgião plástico, enquanto o outro suspeito atuava como assistente cirúrgico. Eles foram presos após denúncias de pacientes que sofreram complicações graves. Em um dos casos, uma mulher de Orlando relatou ter perdido completamente um dos mamilos após ser submetida a uma cirurgia no local. A vítima teria buscado atendimento posterior devido a infecções severas e à falta de cuidados pós-operatórios.

Além da atuação de falsos médicos, a ordem emergencial destacou deficiências graves na estrutura física e operacional do estabelecimento, tais como falta de medicamentos e equipamentos essenciais para emergências, ausência de avaliações clínicas adequadas antes das cirurgias e condições incompatíveis com as normas de segurança para procedimentos de sedação e lipoaspiração.

A clínica é registrada no estado sob a direção de Maria Gonzalez (presidente) e Yaritzza A. Gonzalez (vice-presidente). Documentos anexados à ordem de suspensão indicam que Maria Gonzalez teria atuado como “assistente médica” durante um dos procedimentos investigados.

Compartilhar Post:

Baixe nosso aplicativo