Não é novidade que o despacho de bagagens virou um filão lucrativo para as companhias aéreas. Nos Estados Unidos, em 2024, as empresas arrecadaram mais de $7,2 bilhões só com essas taxas, segundo dados atualizados pelo Bureau of Transportation Statistics. É o maior valor desde antes da pandemia e mostra que o bolso dos passageiros continua sendo uma fonte de receita essencial no setor.
Depois de décadas oferecendo despachos gratuitos, em 2025 a Southwest Airlines anunciou que passará a cobrar 35 dólares pela primeira mala, alinhando-se a concorrentes como American Airlines e JetBlue. A decisão veio pela pressão de investidores para melhorar os lucros da companhia. Já a JetBlue adotou um sistema de preços dinâmicos, no estilo Uber, com tarifas mais altas em períodos de maior demanda.
As três maiores companhias — American, Delta e United — passaram de $1 bilhão cada, só com bagagens em 2024. Os valores têm crescido ano a ano desde o tombo em 2020, quando a pandemia reduziu as viagens e as taxas somaram apenas $2,8 bilhões. Segundo as empresas, os aumentos nos valores são justificados pelos custos operacionais mais altos, como combustível e salários. Mas, para quem viaja, o resultado é evidente, afinal, o preço do bilhete pode até parecer o mesmo, mas levar a mala junto está ficando cada vez mais caro.