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Com dívidas de mais de R$100 milhões com aeroportos, Avianca Brasil pede recuperação judicial

Após se expandir rapidamente, a Avianca no Brasil enfrenta dificuldades para pagar fornecedores, cumprir obrigações com concessionárias de aeroportos e pode ter de devolver aviões

Avianca enfrenta grave crise financeira
Avianca enfrenta grave crise financeira

A companhia aérea Avianca Brasil está enfrentando uma grave crise financeira e entrou com um pedido de recuperação judicial na segunda-feira, 10. O pedido de recuperação de dívidas de 50 milhões de reais foi aberto na 1a Vara Empresarial do Rio de Janeiro, segundo a revista Exame.

A assessoria de imprensa da companhia nega o pedido de recuperação. O pedido corre em segredo de justiça e em caráter de urgência. A expectativa é que o juiz dê um parecer ainda esta semana.

O pedido de urgência foi feito porque a companhia aérea está sob risco de paralisar suas operações. Endividada, a empresa sofre pressão para devolver aeronaves arrendadas por falta de pagamento. Ela corre risco de devolver 11 aviões, quase 18% de sua frota, para a Constitution Aircraft, empresa de leasing.

De acordo com o Estadão, a Avianca no Brasil enfrenta dificuldades para pagar fornecedores e aeroportos. A dívida com todos os aeroportos brasileiros pode chegar a mais de 100 milhões de reais, diz o jornal.

Já com bancos, a companhia levantou 130,7 milhões com bancos como ABC, Daycoval, Safra e Fibra. Esse empréstimo elevou sua dívida para 306 milhões de reais

A empresa é a quarta maior do mercado nacional e tem participação de mercado de quase 14%.

A Avianca Brasil e a Avianca, colombiana, são duas empresas distintas. A United Airlines fechou, no início do mês, uma parceria com a Avianca e a Copa Airlines. Entre os novos serviços oferecidos, estão novas rotas sem escala e redução no tempo de viagens. O Brasil e a operação da Avianca Brasil não foram incluídos nesse acordo.

A companhia colombiana é controlada pelo empresário Gérman Efromovich e a brasileira, pelo seu irmão, José Efromovich. As duas têm planos de fusão e montaram, em 2017, um grupo de trabalho para estudar a união dos negócios — é o terceiro em sete anos. Os planos, no entanto, foram postergados por mais 18 meses em abril. (Com informações da Revista Exame).

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