Estados Unidos

Comunidade só para brancos nos EUA provoca debate sobre direitos civis

Criação de associação de moradia exclusiva para brancos: imprensa e ativistas locais se mobilizam contra o modelo, destacando o impacto social e possível ressurgimento de segregação racial.

Especialistas questionam legalidade e direitos civis de comunidade no Arkansas que exclui negros, judeus e LGBTQ+. Foto: Reprodução TV

A imprensa internacional tem dado destaque à criação de uma comunidade rural nos EUA que tem um critério de seleção restritivo: aceita apenas pessoas de ancestralidade europeia, excluindo explicitamente negros, judeus e membros da comunidade LGBTQ+. O empreendimento, chamado Return to the Land, fica no Arkansas, e se apresenta como uma associação privada .

A liderança do grupo defende, portanto, que o modelo é legal, alegando operar como Private Membership Association, se enquadrando em liberdade de associação e propriedade privada. Mas especialistas jurídicos e organizações de direitos civis têm levantado dúvidas quanto à possível violação de leis federais e estaduais de antidiscriminação, como a Fair Housing Act.

Atualmente, o local abriga cerca de 40 moradores, e conta com cabanas, poços, escola caseira e planos de expansão para outros estados, como Missouri. A trajetória do projeto tem sido acompanhada de perto pela imprensa nacional e internacional, que acende alertas sobre o ressurgimento de práticas de segregação racial rearticuladas, agora sob um “novo formato” institucional e jurídico.

O Attorney General do Arkansas, Tim Griffin, afirmou que, até o momento, não identificou violações legais, mas reconheceu que a situação está sob avaliação. Ao mesmo tempo, parlamentares estaduais e grupos de direitos civis pressionam por investigação e ações legais, argumentando que o empreendimento pode ferir direitos civis básicos.

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