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Conferência do Clima quer ações concretas para limitar aquecimento

Representantes de 196 países precisam agir para evitar catástrofes ambientais

A pressão das ruas pode influenciar a vontade política e promover mudanças para evitar tragédias ambientais (Foto: Reprodução – Twitter ONU)
A pressão das ruas pode influenciar a vontade política e promover mudanças para evitar tragédias ambientais (Foto: Reprodução – Twitter ONU)

DA REDAÇÃO – Começou esta semana mais uma Conferência das Nações Unidas sobre o Clima, a COP 25, em Madri, na Espanha.  Até o dia 13, líderes mundiais, delegações de 196 países, altos representantes da União Europeia e várias instituições internacionais debatem a implementação de medidas climáticas concretas.

A reunião acontece a quase um mês da entrada em vigor do Acordo de Paris, marcada para 2020, ano em que os países signatários devem apresentar ações para limitar o aumento da temperatura global e estabelecer novas metas para conter suas emissões de gás carbônico. Um desafio difícil, já que os principais países emissores ainda não estão cumprindo os objetivos a que se propuseram em 2015, ano da assinatura do Acordo de Paris.

Para António Guterres, secretário-geral da ONU, falta vontade política: “É fundamental o mundo se alinhar com o que a comunidade científica definiu como objetivos, entre eles a redução de 45% das emissões até 2030. Tudo isto exige mais ambição do que foi apresentada até agora”, explica.

Uma das questões centrais e levará a difíceis negociações é a criação de um mercado global de licenças de emissões de carbono, que hoje é feito de uma forma regional fragmentada de venda e troca de licenças para poluir. Os ambientalistas têm alertado para as consequências do não cumprimento do Acordo de Paris, que está no foco dos protestos globais dos últimos meses, lembra Ann-Kathrin Schneider, de uma organização não-governamental alemã. “O fator decisivo é a pressão das ruas. Resta saber se esta pressão será suficientemente forte para influenciar a vontade política”, afirma.

Os mais recentes relatórios do Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas apontam um cenário já irreversível de aumento da temperatura global, subida dos níveis dos oceanos e uma série de efeitos que podem gerar catástrofes ambientais nas próximas décadas. A saída dos EUA deste acordo, em novembro, deve gerar muita discussão. Autoridades de países desenvolvidos acham que será apenas o início de uma complexa caminhada e uma decisão lamentável. Muitos esperam que a decisão seja temporária.

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