Esportes

Conheça um pouco mais da atleta paralímpica Jady Malavazzi

No mundo uma entre sete pessoas são deficientes, e 80% delas vivem em países em desenvolvimento, Jady Malavazzi é muito mais que um rosto com sorriso bonito

Jady Malavazzi é pentacampeã brasileira da prova de estrada do paraciclismo, classe handbike
Jady Malavazzi é pentacampeã brasileira da prova de estrada do paraciclismo, classe handbike

COLABORAÇÃO de Jussara Penna

A primeira coisa que chama atenção no rosto de Jady Malavazzi é o sorriso: amplo e radiante.

Para quem não a conhece, Jady é pentacampeã brasileira da prova de estrada do paraciclismo, classe handbike, ou seja, usando um triciclo movido pelas mãos. Hoje, ela está entre as três primeiras do mundo nesta modalidade.

A brasileira Jady Malavazzi, tem 21 anos, nasceu no Paraná, na cidade de Jandaia do Sul e ficou paraplégica ao sofrer um acidente de carro em 2007, quando tinha 12 anos.

A única pessoa que podia decidir se esta mudança na sua vida poderia ser para melhor ou pior, era somente ela. E sua decisão foi que queria ser uma ótima atleta.

Primeiramente, ela iniciou sua recuperação após o grave acidente de carro jogando basquete em cadeira de rodas e fazendo natação, esportes que praticou durante dois anos, até se decidir pelo paraciclismo em 2010.

No ano seguinte, disputando os Jogos Parapan-americanos de Guadalajara, México, na prova de estrada com percurso de 30 quilômetros, ela ganhou medalha de prata, com o tempo de uma hora e dezenove minutos.

Como sua cidade natal não tinha boas condições para praticar seu esporte, sua família mudou-se para Brasília.

Há quatro anos, ela treina 16 km por dia durante seis dias da semana e, pratica também, natação.

Foi assim, que ela conseguiu a única vaga disponível para mulheres na prova de estrada no ciclismo dos jogos paralímpicos do Rio de Janeiro.

No mundo uma entre sete pessoas são deficientes, e 80% delas vivem em países em desenvolvimento, Jady Malavazzi é muito mais que um rosto com sorriso bonito.

Ela é uma guerreira. Seja movimentando-se na sua handbike, quase deitada ao solo, usando somente a força dos braços ou no seu dia-a-dia, num pais, como o Brasil, que não privilegia os deficientes.

Ela apenas demonstra que mesmo com todas as dificuldades, nada nos impede de recomeçar a vida e tentar fazer o melhor que pudermos.

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