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Coreia do Norte diz que ameaça de teste atômico no Oceano Pacífico é real

Testes nucleares anteriores foram subterrâneos

Ministério das Relações Exteriores da Coreia do Norte, Ri Yong-pil

DA REDAÇÃO – Um oficial norte-coreano advertiu os Estados Unidos de que a recente ameaça do regime de realizar um teste nuclear sobre o Oceano Pacífico é firme e deve ser interpretada “literalmente”. A informação foi dada por um alto funcionário do Ministério das Relações Exteriores da Coreia do Norte, Ri Yong-pil, em entrevista à CNN.

No último dia 22 de setembro, o chanceler norte-coreano, Ri Yong-ho, disse que, em resposta às ameaças de intervenção militar americana, seu país poderia testar uma bomba nuclear de hidrogênio no Oceano Pacífico, se isso for decidido pelo líder Kim Jong-un.

“O ministro das Relações Exteriores está muito consciente das intenções do nosso líder supremo, portanto acho que deveriam interpretar suas palavras de maneira literal”, disse Ri, antes de advertir que a Coreia do Norte “sempre transformou suas palavras em ações”.

A Coreia do Norte realizou, até o momento, seis testes nucleares, o último no dia 3 de setembro, mas todos foram detonações subterrâneas e não atmosféricas, como ameaçou fazer sobre o Pacífico.

O regime de Kim Jong-un fez a metade desses testes – três no último ano e meio – com o objetivo de obter novos avanços em seu programa atômico, cuja meta, segundo o governo, é desenvolver mísseis balísticos capazes de bater com uma arma nuclear americana.

A fala ocorreu após o presidente americano, Donald Trump, alertar que o país iria “destruir totalmente” a Coreia do Norte, que está trabalhando para fabricar mísseis com ogivas nucleares capazes de atingir o território continental norte-americano, em caso de ameaça aos EUA.

Na semana passada, Mike Pompeo, diretor da CIA (a agência de inteligência norte-americana), disse que a Coreia do Norte pode estar a poucos meses de adquirir a capacidade de aos EUA com armas nucleares.

A nova declaração de Pyongyang ocorre uma semana antes de Trump iniciar uma visita à Ásia. O presidente americano deve ressaltar durante a viagem sua campanha para pressionar a Coreia do Norte a abdicar de seus programas nuclear e de mísseis.

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