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Corinthians dá adeus à Copa Sul-Americana

Wagner Love jogou bem, mas não evitou a desclassificação do Corinthians da Copa Sul-Americana (Foto: Corinthians)
Wagner Love jogou bem, mas não evitou a desclassificação do Corinthians da Copa Sul-Americana (Foto: Corinthians)

O Timão até fez uma boa campanha na Copa Sul-Americana chegando à semifinal da competição. Entretanto, uma partida ruim na semana passada no Itaquerão, em São Paulo, destruiu o sonho de conquistar pela primeira vez este torneio continental.

Na ocasião, o atacante panamenho Torres marcou os dois gols da vitória do Independiente Del Valle do Equador sobre o Alvinegro paulista para decepção dos corintianos que lotaram a Arena Corinthians. E não foram gols fortuitos. A equipe equatoriana dominou as ações e ainda teve um gol anulado pelo VAR. O próprio presidente do clube, André Sanches, reconheceu a superioridade do adversário e fez uma crítica velada ao técnico Fábio Carille.

Carille, por sua vez, tentou se eximir da responsabilidade ao dizer ter escalado uma equipe de “meninos”. Isto é uma inverdade. De jovens apenas entraram em campo Pedrinho e Mateus Vital, ambos de 21 anos, mas atuam regularmente. Pedrinho é inclusive titular da equipe. Além deles, apenas Jeanderson, um jovem da categoria de base que entrou no decorrer da partida, podem ser qualificados como “meninos”. Os demais são experientes e formam a equipe titular do Corinthians.

O mau resultado no jogo de ida praticamente tirou as chances de o Alvinegro paulista ir à final da competição. Para buscar uma vitória por dois gols de diferença no Equador, Carille decidiu arriscar e promoveu muitas mudanças na equipe, algo que não é habitual em seu trabalho. Várias vezes contestado por seu pragmatismo, o técnico foi bem ao buscar alternativas técnicas e táticas, embora nem todos tenham gostado da escalação e das mudanças feitas por ele no segundo tempo.

O comandante alvinegro apostou em uma equipe mais forte fisicamente e experiente, com média de idade de 29,9 anos. O Timão perdeu velocidade, mas ganhou mais presença de área e poder de fogo na bola aérea. Não foi um primeiro tempo brilhante, mas bastante eficiente do Corinthians. O time da casa trocava passes em seu próprio campo para tentar desgastar os brasileiros a quase 3 mil metros de altitude, mas o Timão também soube ler o jogo. Roubando a bola na intermediária e saindo em velocidade, a equipe abriu o placar, com Boselli, e só não fez o segundo porque Love parou no travessão.

Quando o intervalo veio, a sensação era de que a classificação, antes improvável, era bem possível. Porém, o ritmo do segundo tempo foi abaixo, talvez pelo desgaste físico da equipe. Há que se reconhecer também a qualidade dos equatorianos, extremamente rápidos e letais nos contra-ataques, como já havia sido visto em Itaquera. O resultado final foi 2 a 2, gols de Boselli e Clayson para o Corinthians e Sanchez e Cabezas para o Independiente Del Valle.

Ligado, raçudo e com alternativas técnicas e táticas, o Timão entregou no Equador o que sua torcida pede e pagou o preço da atuação pífia no duelo de ida. Ponderar as coisas boas apresentadas em Quito não significa ignorar todos os problemas da temporada. O Corinthians ainda pode mais e tem lições a tirar desta nova eliminação. Se tivesse feito isso após a derrota na Copa do Brasil, talvez as coisas tivessem sido diferentes na última quarta-feira.

Agora, resta ao Corinthians apenas o Brasileirão. O time está 13 pontos atrás do líder, com um jogo a menos, e no domingo (29) de manhã recebe o Vasco da Gama em casa. O clube quer garantir uma das vagas para a Copa Libertadores de 2020. Na quinta-feira (26), Atlético-MG recebeu o Colón da Argentina em Belo Horizonte quando ficou definido o adversário do time equatoriano na final do torneio.

Flamengo obtém sua oitava vitória consecutiva no Brasileirão

Gabigol e Bruno Henrique marcaram na vitória do Flamengo sobre o Internacional. (Foto: Alexandre Vidal)
Gabigol e Bruno Henrique marcaram na vitória do Flamengo sobre o Internacional. (Foto: Alexandre Vidal)

A pergunta que não quer calar: Quem será capaz de parar o Flamengo nesta caminhada rumo ao título do Campeonato Brasileiro de 2019? Desta vez, a vítima do esquadrão rubro-negro dirigido pelo técnico português Jorge Jesus foi o Internacional de Porto Alegre. O trio arrasador Gabigol-Arrascaeta-Bruno Henrique novamente se sobressaiu, com cada um deles assinalando um gol na vitória de 3 a 1 sobre o Colorado no Maracanã na quarta-feira (25), enquanto Edenilson marcou o gol de honra do Inter.

A vitória do Rubro-negro carioca no Maracanã lotado na quarta-feira (25), porém, provocou muita polêmica. Afinal, o Inter teve dois jogadores expulsos ainda na primeira etapa e um pênalti contra si. Na jogada, o lateral direito Bruno agarrou Gabigol dentro da área. Pênalti assinalado pelo árbitro Luiz Flávio de Oliveira e expulsão de Bruno, deixando o time visitante com apenas dez jogadores. Gabigol cobrou e marcou seu 18º gol, ratificando sua condição de artilheiro do Brasileirão.

No final do primeiro tempo, Rodrigo Caio e Guerrero disputaram uma bola dentro da área do Flamengo e o árbitro decidiu mandar o jogo seguir para indignação do atacante peruano. Logo depois, em outra disputa no meio campo entre Rodrigo Caio e Guerrero, o choque de cabeça provocou um corte no supercílio do atacante do Inter que esbravejou bastante e xingou o árbitro. Ofendido, ele mostrou o cartão vermelho ao atleta do time gaúcho, deixando o Internacional com apenas nove jogadores em campo.

Como era de se esperar, o Flamengo consolidou a vitória na segunda etapa com gols de Arrascaeta e Bruno Henrique, após o empate transitório obtido com o gol de Edenilson. Mais uma vez, a torcida ovacionou o técnico português Jorge Jesus, que vem comandando bem a equipe, sobretudo com o trio ABG (Arrascaeta, Bruno Henrique, Gabigol), autores de 75 dos 100 gols marcados até aqui pelo Flamengo nesta temporada.

Do outro lado, bastante revolta. As reclamações disparadas por Odair Hellmann e pelo vice de futebol Roberto Melo demonstram a irritação do Inter com a arbitragem na derrota por 3 a 1 para o Flamengo nesta quarta-feira (25), pela 21ª rodada do Brasileirão.

O time foi valente, mas a atuação ficou em segundo plano, ofuscada pelos discursos irados contra o árbitro Luiz Flávio de Oliveira e, sobretudo, o critério na hora de acionar o VAR. Nesta quarta-feira, o Inter reclama de três lances nos quais o VAR não teria sido consultado. São eles: expulsão de Bruno após pênalti em Gabigol (com a ressalva de que o árbitro ouviu o responsável pelo VAR), lance em que Rodrigo Caio derruba Guerrero dentro da área antes do peruano finalizar e empurrão em Víctor Cuesta após cruzamento no segundo tempo.

“É absurdo. O VAR era para ajudar e ajuda só a quem ele quer ajudar. Contra a Chapecoense, precisamos fazer três gols para valer um. Em todos os VAR foi usado. Por que hoje não foi? Teve pênalti vergonhoso no Guerrero, por cima e por baixo, e sequer foi chamado. É essa a orientação? Ou dependendo de para quem apita é diferente? Foi uma vergonha a arbitragem. É o mínimo que eu posso dizer. O que eu acho é muito pior”, esbravejou o vice de futebol Roberto Melo.

A equipe volta a campo no domingo (29) no Beira Rio para enfrentar o Palmeiras, vice-líder do Brasileirão, sem poder contar com Bruno e Guerrero, enquanto o Flamengo recebe o São Paulo no sábado (28) no Maracanã.

São Paulo decepciona torcida e é vaiado

Goleiro Tadeu foi o grande herói na vitória do Goiás sobre o São Paulo em pleno Morumbi (Foto: Migel Schincariol)
Goleiro Tadeu foi o grande herói na vitória do Goiás sobre o São Paulo em pleno Morumbi (Foto: Migel Schincariol)

Está difícil analisar o que se passa com o São Paulo. Pode-se buscar um paralelo com o que está ocorrendo com o Manchester United da Inglaterra. Antes, times vencedores, agora equipes que apenas participam das competições com poucas chances de conquistar o título.

A torcida sampaulina devota ódio a Leco, presidente do clube, responsabilizando-o pela má fase do Tricolor paulista. Mas, será que ele é mesmo o culpado? Vejamos. A torcida vaiou Kaká, ele se tornou ídolo do Milan, criticou Casemiro, hoje titular absoluto da Seleção Brasileira e do Real Madrid, praticamente expulsou Maicon que coleciona títulos no Grêmio. E por aí vai… Ou seja, o São Paulo está se transformando em cemitério de jogadores… e de técnicos. 

Depois de uma breve lua de mel da torcida com sua equipe, após a chegada de Cuca, quando engatou uma série de vitórias, a depressão voltou ao clube do Morumbi. O atacante uruguaio Leandro Barcia fez o único gol do jogo enquanto o goleiro Tadeu defendeu tudo lá atrás, até mesmo o pênalti cobrado por Reinaldo e ficou consumada a derrota para o Goiás, na quarta-feira (25), no Morumbi. 

Desde abril, quando assumiu o comando do Tricolor, o momento mais delicado vivido pelo treinador no clube resultou em sua saída em comum acordo entre as partes. O cenário piorou após os resultados recentes: o São Paulo conquistou apenas cinco dos últimos 18 pontos. Foram três derrotas (Goiás, Internacional e Vasco), dois empates (Grêmio e CSA) e somente uma vitória (Botafogo).

A cultura de demissão de treinadores do São Paulo fez mais uma vítima. Desde o começo de 2018 passaram pelo cargo Dorival Júnior, Diego Aguirre, André Jardine e Cuca, além do coordenador técnico Vagner Mancini como interino. Com a saída de Cuca, Mancini assume a função de técnico até o final do campeonato. A diretoria, enquanto isto, deve começar a procurar por um novo técnico para a temporada 2020.

Para piorar a situação, o São Paulo vai enfrentar o líder Flamengo no Maracanã no sábado (28). É um jogo interessante, onde Cuca pode arriscar. Se perder, será um resultado normal. Porém, uma vitória com a quebra da invencibilidade do Rubro-negro no Rio de Janeiro pode dar um novo alento ao time. Já o Goiás, que recebe o Cruzeiro em Goiânia na segunda-feira (30), deu uma boa respirada na tabela de classificação após ter vencido os tricolores carioca e paulista.

Bahia bate Botafogo e sonha com Libertadores

Atacante Artur infernizou a defesa do Botafogo e voltou a marcar depois de quatro meses (Foto: Felipe Oliveira)
Atacante Artur infernizou a defesa do Botafogo e voltou a marcar depois de quatro meses (Foto: Felipe Oliveira)

Com atuação segura e diante de um adversário inofensivo após ficar com um homem a menos, o Bahia derrotou o Botafogo por 2 a 0 na noite de quarta-feira (25), na Fonte Nova, em Salvador. Artur e Élber marcaram os gols da vitória, enquanto Gilson foi expulso ainda no primeiro tempo. Com o resultado, o Tricolor chegou aos 34 pontos e ocupa a sétima posição do Campeonato Brasileiro. Já o Alvinegro aparece em 11º com 27.

O Tricolor de Aço vem fazendo uma excelente campanha sob o comando de Roger Machado. O ex-treinador de Grêmio, Atlético-MG e Palmeiras vem demonstrando ser um dos melhores da nova safra de treinadores, assim como Tiago Nunes, do Athletico-PR. Roger adapta suas equipes de acordo com as características dos jogadores que têm à disposição.

O Bahia é uma equipe que se defende bem e os zagueiros saem jogando conscientemente sem precisar dar chutões. O meio campo é bem organizado e o ataque veloz, sobretudo com Élber e Artur (autores dos gols na vitória sobre o Bota). O centro-avante Gilberto, vice-artilheiro do Brasileirão, completa bem o sistema de jogo com seu oportunismo e faro de gol.

Para uma equipe que entrou no campeonato pensando em se classificar para a Copa Sul-Americana, o Bahia pode surpreender alguns favoritos e beliscar uma das vagas de classificação para a Copa Libertadores da América.

O Bahia tem tudo para continuar em seu viés de alta porque seu próximo compromisso é na segunda-feira (30) contra o Avaí, penúltimo colocado, em Florianópolis. Já o Botafogo volta a campo no mesmo dia para encarar o Fortaleza, em Ceará. 

Cruzeiro empata com Ceará e mostra pouca evolução

Pedro Rocha, atacante do Cruzeiro, sofreu uma lesão e deixou o gramado ainda no primeiro tempo na partida contra o Ceará. (Foto: Angel Drummond)
Pedro Rocha, atacante do Cruzeiro, sofreu uma lesão e deixou o gramado ainda no primeiro tempo na partida contra o Ceará. (Foto: Angel Drummond)

Não se pode dizer que Rogério Ceni não esteja tentando. No jogo de abertura da 21ª rodada do Brasileirão, ele trocou algumas peças, tentou dinamizar o meio campo, contou com o reforço de Dedé na zaga, mas, o futebol praticado pelo Cruzeiro continua ineficiente. 

Na quarta-feira (25), a Raposa até fez um bom primeiro tempo e desperdiçou boas oportunidades em conclusões de Pedro Rocha (que deixou o campo lesionado ainda na primeira etapa para a entrada de Fred) e Robinho, porém pode agradecer aos céus não ter deixado Fortaleza com mais uma derrota no cartel. O Ceará cresceu e criou ótimas oportunidades, desperdiçadas pelo ataque do Vovô, para desespero da torcida.

O empate passou a ser bom negócio para o Cruzeiro, tanto que o arqueiro Fabio recebeu cartão amarelo pela demora na reposição da bola em jogo. Sem forças para agredir o adversário – o Cruzeiro tem um dos piores ataques do Brasileirão, 17 gols, apenas à frente do Avaí e CSA – e dono de umas defesas mais vazadas (30 gols sofridos) restou ao time estrelado apostar nas derrotas de Fluminense que enfrentou o Santos na quinta-fiera e CSA, que foi a São Paulo jogar contra o Palmeiras.

O Ceará enfrenta no domingo (29) o Atlético-MG em Belo Horizonte e o Cruzeiro vai a Goiânia para jogar contra o Goiás na segunda-feira (30).

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