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Covid-19: França ignora apelo da OMS e prepara terceira dose da vacina

Anúncio foi feito pelo presidente Emmanuel Macron

Enquanto grande parte dos países da Europa já conseguiu vacinar mais de metade da população, a maioria dos países do continente africano só conseguiu vacinar cerca de 2% da população (Foto: rfi.fr)
Enquanto grande parte dos países da Europa já conseguiu vacinar mais de metade da população, a maioria dos países do continente africano só conseguiu vacinar cerca de 2% da população (Foto: rfi.fr)

O presidente francês, Emmanuel Macron, anunciou na quinta-feira (5) que o governo se prepara para iniciar a distribuição da terceira dose de vacina contra a covid-19 a partir de setembro. O objetivo é proteger a população “mais idosa e mais frágil” com a inoculação de reforço, à semelhança do que já foi anunciado pela Alemanha e Israel. A confirmação surge horas depois de a Organização Mundial da Saúde (OMS) ter pedido uma moratória às terceiras doses da vacina até que pelo menos 10% da população de todos os países do mundo sejam imunizados.

Por meio das redes sociais, o chefe de Estado francês anunciou que o governo prepara a campanha de reforço já no “início do ano letivo”, ou seja, a partir de setembro.

Macron diz que a terceira dose “não será para todos de imediato”, mas irá abranger “os mais velhos e mais frágeis” nesta fase.

Nos últimos dias, Macron tem usado as redes sociais – sobretudo o Instagram ou TikTok, mais populares entre os jovens – para esclarecer questões sobre a vacinação.

Na França, o número exato de pessoas que poderá receber reforço vacinal no início do ano letivo deverá ser definido “na próxima semana”, anunciou o Ministério da Saúde na terça-feira (3). Atualmente, a terceira dose só é recomendada para pessoas imunossuprimidas, como por exemplo um doente que tenha recebido um transplante.

A decisão de avançar com as doses de reforço na França surge poucas horas depois do mais forte apelo da Organização Mundial de Saúde no sentido de adiar as terceiras doses, pelo menos até que os países mais pobres consigam ampliar a vacinação. 

Das cerca de 4 bilhões de doses de vacinas administradas no mundo, mais de 80% foram dadas em países mais desenvolvidos, que representam menos de metade da população mundial.

A moratória proposta pela OMS duraria até o final de setembro, até que pelo menos 10% dos habitantes de todos os países do mundo tenham o esquema vacinal completo. 

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