Estados Unidos

Cresce a tendência do ‘job hugging’ entre trabalhadores nos EUA

Funcionários insatisfeitos seguram seus empregos mesmo com baixo engajamento por medo do mercado instável.

No cenário econômico atual, trabalhadores preferem permanecer em seus cargos a arriscar novas oportunidades, criando a tendência conhecida como ‘job hugging’. Foto: Pexels

Em vez de buscar novas oportunidades, trabalhadores nos EUA estão aderindo ao chamado ‘”job hugging”. Uma pesquisa da Glassdoor revelou que 65% dos profissionais se sentem “presos” aos seus cargos atuais, enquanto as taxas de desligamento voluntário caíram para apenas 2%, níveis não vistos desde 2016. Mesmo insatisfeitos ou pouco motivados, muitos preferem manter os empregos atuais a ter que enfrentar o risco de mudar de empresa em um mercado de trabalho instável.

Agora, a estratégia é segurar o emprego a qualquer custo, mesmo que isso signifique abrir mão do crescimento profissional. O fenômeno é visto como o oposto da “Grande Renúncia” (Great Resignation), durante a recuperação econômica pós-pandemia de COVID-19 nos EUA, quando milhões de trabalhadores deixaram empregos em busca de melhores salários ou condições.

Especialistas apontam que a tendência atual de “abraçar o emprego” é resultado de incertezas econômicas, medo de demissões e oportunidades de carreira mais escassas. “O receio do desconhecido está superando o desejo de buscar melhores condições de trabalho”, afirma um analista de recursos humanos.

Setores como tecnologia, serviços e varejo estão entre os mais afetados, com funcionários demonstrando menor rotatividade, mas também níveis reduzidos de produtividade e engajamento.

Para as empresas, o dilema é manter funcionários desmotivados ou arriscar perder talentos para oportunidades mais atraentes.

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