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Depois de Massachusetts, New York confirma caso de varíola dos macacos

Pacientes estão mantidos em isolamento e todas as pessoas que tiveram contato com eles estão sendo rastreadas

Enfermidade causada por um vírus provoca erupções na pele (imagem: Science Library)

O Departamento de Saúde de New York confirmou na sexta-feira (20) o primeiro diagnóstico de varíola dos macacos no estado, e o segundo no país. Na quarta-feira (18), autoridades de Massachusetts divulgaram que um homem adulto estava com a doença. Em ambos os casos os pacientes estão mantidos em isolamento e todas as pessoas que tiveram contato com eles estão sendo rastreadas.

Os Centers for Disease Control (CDC) informaram que os sintomas iniciais da varíola dos macacos (monkeypox, na tradução em inglês) se assemelham aos da gripe. Mas em poucos dias evoluem para erupções em toda a pele que se transformam em pequenas feridas.  A infecção costuma durar entre duas a três semanas, mas pode ganhar formas mais severas, especialmente em crianças pequenas, mulheres grávidas e pessoas com sistema imunológico frágil.

A enfermidade causada por um vírus tem atingido  habitantes do continente africano há décadas e o surgimento de cada vez mais casos em diferentes localidades tem gerado preocupação. Uma nota divulgada pela Organização Mundial de Saúde no sábado (21) apontou doze países já identificaram a varíola. O Brasil não tem relatos da doença ainda, mas o vírus foi confirmado em um brasileiro de 26 anos que está na Alemanha.

A contaminação, segundo os CDC, ocorre quando através do contato físico com uma pessoa infectada. O vírus entra no corpo por meio dos olhos, nariz, boca, e também pelas gotículas de saliva propagadas pelo espirro ou tosse. Recomenda-se não compartilhar roupas, lençóis e toalhas usadas por alguém que esteja contaminado.

O vírus não é descrito como sexualmente transmissível, até o momento, mas pode ser passado durante a relação sexual. Os casos mais recentes no Reino Unido foram observados em homens gays ou bissexuais. 

Michael Head, um pesquisador em saúde global da Universidade de Southampton, disse em entrevista à BBC que apesar do crescente número de casos, não há motivo para pânico nem grandes riscos para a sociedade, como ocorreu na pandemia de covid-19. Segundo Head, apesar de lacunas sobre o que se sabe do surto atual, a varíola dos macacos é uma enfermidade já conhecida, para a qual existem vacinas, tratamentos e informações sobre surtos anteriores.

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