O CEO da Tesla, Elon Musk, anunciou no domingo (6) a criação do Partido da América — uma decisão que marca uma ruptura significativa com seu até então aliado, o presidente Donald Trump. A divulgação foi realizada por meio de uma enquete no X, que obteve cerca de 5,6 milhões de votos, dos quais aproximadamente 80 % foram favoráveis à criação da nova sigla.
O bilionário justificou a iniciativa como resposta ao pacote fiscal recentemente sancionado por Trump, que combina aumento de gastos com cortes de impostos e subsídios, incluindo os destinados aos veículos elétricos. Ele criticou o pacote, afirmando que aumentaria o déficit americano dos atuais $ 2 trilhões para $ 2,5 trilhões, e alertou que isso poderia “levar o país à falência”.
O Partido da América se define como uma força fiscalmente conservadora, com foco na redução do déficit, desregulamentação, incentivo à imigração de alta qualificação e modernização militar por meio da inteligência artificial. Musk planeja direcionar esforços para conquistar cerca de duas ou três cadeiras no Senado e entre oito e dez na Câmara.
Trump classificou o projeto como “ridículo”, afirmando que “sempre foi um sistema de dois partidos” e que a ideia “apenas adiciona confusão”, ressaltando que o empresário havia perdido o controle.
“Fico triste ao ver Elon Musk perder completamente o controle, essencialmente se tornando um desastre completo nas últimas cinco semanas. A única coisa para a qual os terceiros partidos servem é para causar total e completa disrupção e caos”, disse o presidente em uma publicação no Truth Social.