Uma nova onda de leis estaduais está facilitando o acesso de médicos formados fora do país ao sistema de saúde americano. A iniciativa quer enfrentar a escassez de profissionais, que pode chegar a 124 mil médicos até 2034, segundo projeções da Association of American Medical Colleges (AAMC).
A Flórida foi o primeiro estado a avançar nesse caminho com o Senate Bill 7016, conhecido como Live Healthy Act. Em seguida, outros estados criaram leis ou programas de licenciamento alternativo para médicos formados no exterior, incluindo Indiana, Massachusetts, Minnesota, Nevada, Oklahoma, Tennessee, Texas e Virginia entre outros.
A lei conduzida pela Florida Board of Medicine permite que médicos com formação no exterior solicitem autorização para trabalhar no estado sem precisar refazer toda a residência médica nos EUA. É preciso comprovar treinamento pós-graduado similar ao americano, fluência em inglês e histórico profissional limpo. A regulamentação prevê ainda que o profissional mantenha vínculo com uma instituição de saúde por pelo menos dois anos depois da obtenção da licença. O processo continua exigindo validação do diploma pela ECFMG (Educational Commission for Foreign Medical Graduates) e pode levar até 12 meses para ser concluído.
Para médicos brasileiros, as mudanças representam oportunidade concreta de atuação legal nos EUA e podem abrir caminho para processos migratórios, como o visto EB-2 NIW, voltado a profissionais considerados de interesse nacional.
