Um novo memorando do U.S. Citizenship and Immigration Services (USCIS) determina que pedidos de cidadania passem por uma análise mais “rígida, holística e abrangente” do chamado “bom caráter moral”. Segundo o documento, divulgado no dia 15, oficiais de imigração agora devem avaliar não somente antecedentes criminais, mas também comportamento, respeito a normas sociais e contribuições positivas dos candidatos à sociedade americana.
A exigência não é novidade, pois sempre fez parte do processo de naturalização, mas agora ela ganhou contornos mais subjetivos: o USCIS orienta que cada caso seja julgado individualmente, dando aos oficiais maior margem de decisão. Isso pode incluir desde infrações de trânsito e disputas pessoais até a maneira como o imigrante participa da comunidade.
Especialistas apontam que a medida está alinhada a uma estratégia mais ampla do governo de restringir a imigração legal. Para eles, a linguagem vaga do memorando abre espaço para interpretações diferentes entre oficiais, o que pode dificultar o acesso à cidadania para muitos imigrantes que vivem legalmente nos EUA há anos. O USCIS, por sua vez, defende que a mudança busca “restaurar a integridade” do processo, garantindo que apenas aqueles que representem o “melhor dos melhores” recebam a cidadania americana.