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EUA exigem que Bolsonaro e Ernesto Araújo condenem invasão ao Capitólio

Presidente do Commitee of Foreign Relations do Senado americano, Robert Menendez, disse que o ministro de Relações Exteriores do Brasil, Ernesto Araújo, está "desconectado da realidade atual dos EUA" e a relação dos dois países está "em risco"

Presidente Jair Bolsonaro (foto: Reuters )
Presidente Jair Bolsonaro (foto: Reuters )

O Senado dos EUA enviou uma carta a Jair Bolsonaro nesta sexta-feira (12), pedindo que o governo brasileiro se posicione contra a acusação de fraude nas eleições e o ataque ao Capitólio.

O documento assinado pelo Senador e presidente do Commitee of Foreign Relations, Robert Menendez, do Partido Democrata, foi uma resposta à carta enviada por Bolsonaro à Joe Biden, cumprimentando-o pela vitória nas urnas.

“Tendo sido notificado da carta enviada tardiamente ao presidente Joe Biden parabenizando-o pela histórica eleição e expressando interesse em uma parceria próxima com os EUA, estou escrevendo para expressar minhas preocupações sobre as alegações falsas de fraude nas eleições 2020”, diz o texto. “Existem zero evidências de fraude”, completa.

Bolsonaro foi um dos últimos líderes a reconhecer a vitória de Biden, seguindo as acusações de Trump que houve fraude nas eleições americanas.

 Tese sustentada pelo seu ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, que chegou a declarar que “o povo americano desconfia do processo eleitoral”.

O ministro Araújo também é criticado no documento por haver classificado a invasão ao Congresso americano como uma manifestação de “cidadãos de bem”.

“O fato de o ministro Araújo ter defendido tais atos de terrorismo doméstico demonstra o quanto ele é desconectado da realidade atual dos Estados Unidos”, ressalta o documento.

O Senado americano conclui dizendo que tais declarações colocam em risco a parceria entre Brasil e EUA e que se não houver uma rejeição categórica dos episódios de 6 de janeiro por parte do governo brasileiro, as relações entre dois países ficarão comprometidas pelo fato de o Brasil estar “corroborando”com a narrativa dos extremistas.

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