Os Estados Unidos voltaram a adotar as chamadas “checagens de vizinhança” (neighborhood checks, em inglês) em alguns pedidos de cidadania. A medida, que havia deixado de ser aplicada nos anos 1990, foi reativada após um memorando interno publicado em agosto.
Segundo o governo, o procedimento ajuda a garantir que somente candidatos que atendam aos critérios legais se tornem cidadãos: a medida permite que agentes façam entrevistas presenciais em locais de trabalho ou em comunidades onde vivem os solicitantes de naturalização. Além disso, imigrantes podem ser convidados a apresentar cartas de referência, seja de vizinhos, empregadores, colegas ou similares.
O USCIS (U.S. Citizenship and Immigration Services) diz que o objetivo é reforçar a verificação de “bom caráter moral”, um dos requisitos exigidos em lei para a concessão da cidadania. Críticos alertam, porém, que tal prática pode aumentar, e muito, o tempo de espera nos processos, além de abrir espaço para decisões subjetivas.
A retomada das visitas faz parte de um pacote mais amplo que busca ampliar o escrutínio sobre imigrantes, incluindo a análise de redes sociais e a checagem de possíveis manifestações de “anti-americanismo”.