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Ex-médico Roger Abdelmassih ganha benefício da prisão domiciliar

Ele foi condenado a 278 anos de prisão por ter estuprado 37 pacientes

O médico Roger Abdelmassih, que ganhou direito a ir para prisão domiciliar
O médico Roger Abdelmassih, que ganhou direito a ir para prisão domiciliar

DA REDAÇÃO – O ex-médico Roger Abdelmassih, condenado a 278 anos de prisão pelo estupro de 37 pacientes de sua clínica de reprodução assistida na cidade de São Paulo e que estava preso desde 2009, ganhou da Justiça o direito de cumprir a pena em prisão domiciliar. As informações são da Revista Veja.

A Justiça do Brasil acatou o argumento de seus advogados de que, além da idade avançada (73 anos), o ex-médico sofre de graves problemas de saúde, notadamente uma série de doenças cardíacas, que exigem tratamentos médicos frequentes, incluindo internações hospitalares, e que colocam em risco a sua vida.

O laudo médico pedido pela Justiça confirma a gravidade do estado de saúde do ex-médico e atesta “a real possibilidade de óbito toda vez que houver necessidade de internação hospitalar, mesmo antes ou durante o transporte do paciente”. “Tudo isso – frise-se – agravado pela idade avançada do preso, descompensações e internações recorrentes em curto espaço de tempo”, afirmou a juíza Sueli Zeraik de Oliveira Armani, da 1ª Vara de Execuções Criminais de Taubaté (interior de São Paulo), responsável pelo presídio de Tremembé, onde Abdelmassih cumpria pena.

A defesa havia pedido em março que o ex-médico recebesse indulto humanitário – ou seja, que não precisasse cumprir o restante da pena – ou fosse para prisão domiciliar, mas a solicitação foi negada pela juíza, já que o laudo de um cardiologista perito apontou que ele se apresentava em “regular estado geral, emagrecido, com aspecto depressivo e perda de massa muscular”, mas que não corria risco de vida.

Em sua decisão, a juíza negou indulto humanitário pedido novamente pela defesa, mas concordou com a prisão domiciliar, embasada pelo artigo 5º da Constituição, que diz que é “assegurado aos presos o respeito à integridade física e moral”.

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