O FBI anunciou, na segunda-feira (12), uma reorientação estratégica em suas operações, instruindo seus agentes a dedicar um terço do tempo à fiscalização da imigração ilegal, enquanto investigações de crimes como fraudes e corrupção terão prioridade reduzida.
A mudança está alinhada às medidas de repressão à imigração irregular promovidas pelo governo Trump. Nos últimos meses, milhares de agentes federais de diversas agências foram realocados para funções de fiscalização imigratória, desviando recursos de áreas como o combate ao terrorismo, ao tráfico de drogas e aos crimes financeiros.
A decisão do FBI reflete ainda uma diretriz mais ampla do Departamento de Justiça, que orientou os procuradores a focar em casos de corrupção pública, fraudes em serviços de saúde, lavagem de dinheiro e crimes relacionados ao terrorismo e a organizações criminosas transnacionais. Por outro lado, investigações de corrupção estrangeira e suborno internacional foram rebaixadas em prioridade.
A mudança de foco tem gerado críticas políticas, como a do senador democrata Dick Durbin, que classificou a decisão como uma “despesa de recursos mal direcionada”, alertando que negligenciar crimes graves, como terrorismo e exploração infantil, poderá tornar o país menos seguro.
