Local Manchete

Flórida é o território fora da China com maior risco de clima severo no mundo, revela pesquisa

Condados de Broward, Monroe, Pinellas, Lee, e Miami-Dade podem ficar totalmente cobertos pela água em 80 anos, com risco de desaparecimento

Inundação em Miami após a passagem do furacão Irma em 2017 (foto: Miami Herald)

Especialistas em mudanças climáticas da empresa de consultoria australiana XDI The Cross Dependency Initiative avaliaram mais de 2.600 regiões em todo o mundo e concluíram que a Flórida é o território –fora da China– mais vulnerável aos efeitos do superaquecimento global. O estudo publicado na segunda-feira (20), considera as jurisdições com atividades industriais e econômicas intensas, associadas aos riscos de eventos climáticos como inundações pluviais e costeiras, calor extremo, incêndios florestais, furacões e tornados, geadas e os degelos.

Os lugares do planeta elencados no topo da lista, são aqueles que, de acordo com as projeções, sofrerão as piores consequências do aumento de 3 graus Celsius (5,4 graus Fahrenheit) na temperatura da terra até o final do século; conforme previsto pelo Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas da ONU.

A Flórida ocupa o 10º lugar no ranking dos top 20; a Califórnia o 19º, e o Texas ficou em 20º. Todas as outras posições são tomadas por cidades e territórios chineses, e alguns indianos. New York aparece em 46º.

Em 2021, a prefeita de Miami-Dade, Danielle Levine-Cava, anunciou investimentos de bilhões de dólares para barrar a elevação da superfície do mar, que avança sobre as praias e provoca inundações, principalmente durante a temporada de furacões.

A National Oceanic and Atmospheric Administration, NOAA, prevê que até o início do próximo século, os níveis dos oceanos vão subir até 0.3m acima do estimado no ano 2000. Em várias cidades estadunidenses pode ocorrer a inundação total da costa. Ao menos 36 delas só no estado da Flórida, de acordo com o instituto Climate Central. Alguns condados do sul e sudeste do estado, como Broward, Monroe, Pinellas, Lee, e Miami-Dade, podem ficar totalmente debaixo d’água em 80 anos, com risco de desaparecimento.

A XDI The Cross Dependency Initiative destaca que o recente relatório deveria encorajar os países a emitirem menos CO2 para limitar o aquecimento global e evitar suas consequências. Os dados revelados, segundo os estudiosos, terão impacto – por exemplo, no preço de alguns títulos imobiliários – e no comportamento dos agentes econômicos nessas localidades.

Compartilhar Post:

Baixe nosso aplicativo