O passaporte dos Estados Unidos caiu para a 10ª posição no índice de poder global de passaportes de 2025 (segundo o Henley Passport Index), marcando seu nível mais baixo em 20 anos. Em 2014, o documento chegou a ocupar a 1ª colocação, empatado com o Reino Unido, mas vem perdendo força gradualmente desde então.
Atualmente, os portadores de passaporte americano têm acesso a 182 destinos sem visto ou com visto na chegada, ficando empatados com Islândia e Lituânia. Apesar da queda, o número de países acessíveis ainda é alto (embora tenha diminuído em relação a 2024, quando o total era de 186). A redução está ligada à imposição de novas barreiras, como a exigência de taxa de integridade de visto de $250 e regras mais rígidas para obtenção de vistos, incluindo a divulgação de redes sociais. A pontuação do passaporte reflete não só restrições externas, mas também decisões internas do governo americano em relação a exigências diplomáticas recíprocas.
Desde 2014, quando liderava o ranking, o passaporte americano perdeu espaço de forma consistente, caindo ao menos sete posições, atrás somente da Venezuela em queda de mobilidade. Quem ocupa o topo agora é Singapura, com acesso a 193 destinos, seguida por Japão, Coreia do Sul e países europeus como Alemanha, França, Itália e Espanha.
O declínio no ranking traz implicações práticas. Com menos destinos livres de visto, turistas americanos enfrentam mais burocracia em viagens a países como Brasil, Austrália e Índia. Além disso, uma menor mobilidade internacional afeta intercâmbios estudantis, pesquisas acadêmicas e oportunidades culturais, principalmente entre jovens americanos e universidades no exterior.
