Brasil

Harvard admite dois brasileiros da rede pública

Instituição aceitou 2.037 estudantes internacionais para graduação

Walquiria e Arthur foram aprovados em Harvard
Walquiria e Arthur foram aprovados em Harvard

DA REDAÇÃO (com G1) – Os brasileiros Arthur de Oliveira Abrantes e Walquíria Lajoia Garcia estão entre os 212 estudantes estrangeiros (10,4% do total) admitidos em 2016 pela Universidade Harvard, em Massachusetts. O resultado foi divulgado na quinta-feira (31) individualmente para cada candidato. Ambos também foram aceitos por outras instituições e têm até 1º de maio para decidir em qual delas vão se matricular.

Harvard aprovou um número recorde de candidatos neste ano: 2.037, o equivalente a 39% dos que aplicaram. Além disso, a turma que se forma em 2020 foi marcada pelo recorde de admissões de afro-americanos, cerca de 14%. Neste ano, 83 países estão representados, em comparação com 79 no ano passado.

Na trajetória da dupla o ensino público em colégios mantidos pela União: Arthur concluiu o ensino médio no Instituto Federal do Triângulo Mineiro, enquanto Walquíria concluiu seus estudos em colégios militares no Rio de Janeiro, no Rio Grande do Sul e em Brasília.

A trajetória de Walquíria Lajoia Garcia, nascida no Rio de Janeiro, sempre foi marcada por mudanças. Ao longo dos seus 18 anos, a estudante já morou em seis cidades por conta da profissão do pai, que é militar. Aproximadamente a cada dois anos, a família de Walquíria migra para um novo endereço. A estudante acredita que, além de suas excelentes notas, as constantes trocas de ambiente, idiomas e vivências foram fatores valorizados durante o processo seletivo da faculdade norte-americana.

Walquíria estudou tanto na rede pública de ensino quanto na particular. Do 8° ano ao 3° ano do ensino médio, ela passou pelo Colégio Militar do Rio de Janeiro, de Santa Maria e de Brasília, sendo o último onde a estudante se formou.

Além de Harvard, Walquíria foi aceita em Yale e outras três instituições norte-americanas. No momento, ela aguarda os resultados das bolsas de estudo para decidir em qual faculdade deve ingressar. “Meu pai é militar e minha mãe formada em direito, mas parou de trabalhar por causa das transferências constantes. Por isso, não tenho como custear o preço de uma faculdade fora e, definitivamente, conto com a ajuda da bolsa”, disse.

Já o mineiro Arthur de Oliveira Abrantes, de 18 anos, sempre estudou na rede pública de ensino. Nos primeiros anos em escola municipal, depois migrou para estadual e concluiu o ensino médico no Instituto Federal do Triângulo Mineiro. 

Além de Harvard, André foi aceito em Stanford, e em outras seis instituições americanas. Como Walquíria, o estudante também aguarda os resultados dos pedidos de bolsa de estudo para se decidir em qual delas vai se matricular. O pai, que trabalha como mecânico, e mãe, como cuidadora de idosos, não teriam como bancar uma despesa anual de mais de R$ 250 mil.

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