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Hunter Biden admite que laptop abandonado com informações comprometedoras pertence a ele

Esquecido em uma loja de consertos em 2019, o laptop contém evidências que os negócios de Hunter no exterior estavam influenciando a política externa dos Estados Unidos

Hunter Biden, filho do presidente Joe Biden. Foto: Marca.com

Os advogados de Hunter Biden, filho do presidente democrata Joe Biden, entraram com um pedido de investigação contra John Paul Mac Isaac, dono de uma loja de conserto de computadores, e os ex-conselheiros de Donald Trump Rudy Giuliani e Steve Bannon. Segundo eles, várias leis de Delaware foram violadas “ao acessar, copiar, manipular e/ou divulgar os dados do computador pessoal do Sr. Biden”.

As alegações – feitas em cartas ao procurador-geral de Delaware, à Divisão de Segurança Nacional do Departamento de Justiça e ao IRS – marcam a primeira vez que o filho do presidente e sua equipe jurídica reconheceram publicamente que são seus os dados pessoais encontrados no laptop deixado em uma oficina de eletrônicos em Delaware.

A existência do laptop foi trazida à público pela primeira vez pelo New York Post menos de um mês antes da eleição presidencial de 2020. Ele teria sido deixado na loja de consertos por Hunter Biden em abril de 2019, que nunca foi buscá-lo. O dono da loja disse que revisou os arquivos do laptop e descobriu informações comprometedoras sobre o filho do presidente. Depois de 90 dias — tempo necessário para ser considerado propriedade abandonada — Mac Isaac entregou o laptop ao FBI e forneceu uma cópia do conteúdo a Rudy Guiliani, que mais tarde a repassaria ao New York Post.

O Post divulgou que e-mails encontrados no disco rígido do computador sugeriam que os negócios de Hunter no exterior estavam influenciando a política externa dos Estados Unidos enquanto seu pai era vice-presidente. Hunter Biden, de 52 anos, é advogado e lobista com atuação no exterior, inclusive na China e na Ucrânia. O FBI investiga seus negócios desde 2018 e, segundo a CBS News, já reuniu evidências suficientes para acusá-lo de crimes fiscais.

“Temos evidências de que essa família recebeu milhões e milhões de dólares de nossos adversários, principalmente na China”, disse o presidente do comitê de supervisão, James Comer, entre os republicanos que prometeram investigar os negócios da família presidencial agora que controlam a Câmara dos Deputados.

Em resposta às ameaças legais de Hunter Biden, o advogado do dono da loja de consertos disse que “a única coisa que vejo é uma pessoa privilegiada contratando outro advogado caro para desviar a atenção de suas próprias ações ilegais”. Costello, advogado de Giuliani e Steve Bannon, disse à CBS News que o pedido de investigação ao Departamento de Justiça não passam de uma “queixa legal frívola tentando intimidar”.

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