Imigração

ICE dificulta rastreamento de voos de deportação

Apesar do aumento de voos internacionais e internos, identificação de aeronaves e transparência caem, gerando críticas de ativistas e defensores de direitos humanos.

Voos de deportação: ICE estaria dificultando acompanhamento de familiares e organizações de defesa de direitos. Foto: Reprodução TV

Em 2025, o ICE (Immigration and Customs Enforcement) intensificou as operações aéreas de deportação, com crescimento expressivo tanto de voos internacionais quanto internos, que transferem detentos entre centros de detenção nos EUA. Dados da organização Witness at the Border apontam que, em julho, houve 207 voos internacionais de deportação e 727 voos internos, número recorde desde que começaram a monitorar esses deslocamentos em 2020.

O aumento do número de voos ocorre ao mesmo tempo em que a rastreabilidade das aeronaves diminui, segundo o grupo ativista La Resistencia. Desde março, empresas privadas e pelo menos uma companhia comercial que operam os voos começaram a ocultar os números de cauda das aeronaves em sites de monitoramento, graças a uma flexibilização das regras da Federal Aviation Administration (FAA). Além disso, muitas rotas estariam utilizando o call sign “Tyson”, o que dificulta o acompanhamento público e a responsabilização sobre o tratamento de detentos.

O transporte é feito principalmente por empresas privadas, com apoio limitado de aeronaves militares, e envolve contratos multimilionários, sendo a CSI Aviation, sediada em Albuquerque, a principal, com um contrato que vale mais de $321 milhões em 2025.

O alerta diz ainda que a redução de transparência impede que as pessoas saibam onde estão seus familiares e aumenta o risco de violações de direitos humanos. “Famílias não conseguem rastrear para onde seus entes estão sendo enviados; eles estão simplesmente desaparecendo”, diz Guadalupe Gonzalez, porta-voz da La Resistencia. O DHS (Departament of Homeland Security), que supervisiona o ICE, não respondeu a pedidos de esclarecimento sobre a ocultação dos números de cauda ou o uso de call signs específicos.

Com informações da CNN.

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