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Imigração usa perfis falsos em redes sociais para investigar estrangeiros, afirma jornal

Levantamento feito pelo The Guardian mostra que agentes monitoram atividades nas redes sociais de pessoas que buscam benefícios imigratórios, vistos e perfis de investigados

Imigração usa perfis falsos nas redes sociais (Foto Canva)

Se você tem o sonho de migrar ou já tem planos de vir para os Estados Unidos, tem diversas dúvidas e resolve fazer perguntas públicas em grupos de brasileiros no Facebook, tenha cuidado. A imigração pode estar de olho em você.

Levantamento feito pelo The Guardian baseado em relatórios públicos do Departamento de Homeland Security (DHS), do Customs and Border Protection (CBP) e do U.S. Immigration and Customs Enforcement (ICE) mostram que os agentes criam perfis falsos para investigar imigrantes em situações diversas. Entre elas, imigrantes que estão em busca de benefícios imigratórios, outros que querem obter o visto ou estrangeiros que estão sendo investigados.

De acordo com a publicação, os documentos mostram que o setor de detecção de fraudes cria contas falsas para buscar “imigrantes que querem benefícios imigratórios”. Esses agentes coletam informações como endereços, relacionamentos pessoais do solicitante, onde ele trabalha, onde estuda, além de comentários e outros tipos de interações nas redes.  

Os relatórios não mostram em qual rede social esses perfis falsos foram usados, mas especialistas acreditam que o Facebook é um dos principais alvos. A rede social afirma que essas práticas violam diretamente os termos de serviço da plataforma. “O que percebemos é que o uso indiscriminado de contas falsas por agentes disfarçados nas mídias sociais está fora de controle. Mesmo que isso vá contra os termos de privacidade das plataformas”, afirma Rachel Levinson-Waldman, diretora do Brennan’s Center, um programa de segurança nacional, que passou os dados para o The Guardian.

Em resposta, o DHS confirmou que mantém uma política adotada ainda no governo Trump que permite o uso de contas falsas para investigar estrangeiros que buscam benefícios imigratórios nos EUA, mas ressaltou que “coleta apenas dados públicos disponibilizados pelas mídias sociais e que sejam de interesse do departamento”.

O Meta, empresa dona do Facebook e do Instagram, não comentou sobre o assunto.

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