A cubana Liyián Pérez, residente legal nos Estados Unidos e apoiadora de Donald Trump nas últimas eleições presidenciais, foi surpreendida em 24 de abril com a deportação repentina de seu marido, Alian Méndez Aguilar. Também cubano e sem antecedentes criminais, ele foi removido do país sem aviso prévio, em um episódio que especialistas e defensores de direitos migratórios apontam como reflexo das políticas mais rígidas adotadas nos últimos anos.
Méndez havia comparecido a uma entrevista rotineira com o Serviço de Imigração e Controle de Alfândega (ICE) quando foi detido pelas autoridades. Pouco depois, foi informado de que seria deportado para Cuba. O imigrante chegou aos Estados Unidos em 2019 e, em 2020, recebeu uma ordem de deportação. No entanto, a medida não foi executada à época por falta de acordo entre os governos dos Estados Unidos e Cuba. Desde então, viveu sob supervisão das autoridades migratórias, sem violar a lei, enquanto construía uma vida no país ao lado de Liyián e dos dois filhos.
Segundo a esposa, ele estava em processo de regularização por meio de um pedido de reunificação familiar, ainda em análise quando foi deportado. A situação causou surpresa a Liyián, que afirma ter votado em Donald Trump por confiar nas promessas de reforço à segurança e combate à imigração ilegal.
“Estávamos fazendo tudo certo. Nunca imaginamos que algo assim pudesse acontecer com a gente. Votei pensando em mais segurança. Achei que famílias como a minha estariam protegidas”, afirmou.