Uma mulher de 41 anos que vive na Flórida e é mãe de três filhos nascidos nos Estados Unidos recebeu uma multa de mais de $1,8 milhão por não ter deixado o país após uma ordem de deportação emitida em 2005. O valor foi calculado com base numa cobrança diária de 500 dólares por cada dia que ela permaneceu nos EUA desde então.
A notificação foi enviada por um setor do ICE (Immigration and Customs Enforcement) responsável por aplicar multas civis. Segundo a advogada Michelle Sanchez, que representa a imigrante hondurenha, a ordem de deportação foi emitida depois que a sua cliente não compareceu a uma audiência de imigração há 20 anos. Ela diz que, atualmente, a cliente seria elegível para regularizar a sua situação, por ter mais de 10 anos de residência nos EUA, sem antecedente criminal e por ter filhos cidadãos americanos.
A advogada afirma que houve um aumento no número de multas semelhantes, mas que este foi o primeiro caso com um valor milionário entre os seus clientes. A notificação recebida pela imigrante prevê a possibilidade de contestar a multa, o que a defesa diz que pretende fazer, sob o argumento de que ela não foi informada sobre os impactos legais da ausência na audiência de 2005.