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Imigrantes venezuelanos são transferidos de Roraima para São Paulo e Cuiabá

Estado vive uma crise imigratória devido ao fluxo intenso de venezuelanos para o local

Imigrantes venezuelanos foram levados em ônibus até o Aeroporto Internacional de Boa Vista, onde embarcaram com destino a São Paulo (Foto: Emily Costa G)
Imigrantes venezuelanos foram levados em ônibus até o Aeroporto Internacional de Boa Vista, onde embarcaram com destino a São Paulo (Foto: Emily Costa G)

DA REDAÇÃO – O processo de interiorização de imigrantes venezuelanos que estão em Roraima para outros estados começou na quinta-feira (5). Nos próximos dias, 267 imigrantes serão levados para São Paulo e Cuiabá por aviões da Força Aérea Brasileira (FAB), em uma iniciativa do governo federal e da Organização das Nações Unidas (ONU). As informações são da Agência Brasil.

Na capital paulista desembarcaram na quinta-feira 116 imigrantes. Amanhã, 69 venezuelanos serão acolhidos na cidade de Cuiabá e outros 83, em São Paulo. Os imigrantes serão acolhidos em abrigos nos destinos.

O processo de interiorização foi uma estratégia adotada para proporcionar melhores condições aos imigrantes venezuelanos que querem viver e trabalhar no Brasil. Com esse objetivo, o governo federal, com apoio técnico do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur) e da Organização Internacional de Migração (OIM), ligadas à ONU, buscou vagas em abrigos de prefeituras, governos estaduais e na sociedade civil para receber os imigrantes.

Os imigrantes que aderiram, de forma voluntária, ao chamado processo de interiorização aceitaram deixar Roraima para buscar oportunidades em outras localidades. Antes do deslocamento, todos foram devidamente imunizados em relação a doenças como sarampo, caxumba, rubéola, febre amarela, difteria, tétano e coqueluche.

Os venezuelanos passaram por regularização migratória junto à Polícia Federal – por meio de solicitação de refúgio ou de residência temporária. Também foi verificada a adequação do perfil dos abrigados à localidade de destino.

A interiorização não terá custo para os venezuelanos. As viagens serão custeadas com os R$ 190 milhões liberados ao Ministério da Defesa por meio da medida provisória 823/2018, que trata da assistência emergencial e acolhimento humanitário das pessoas que deixaram a Venezuela.

Desde 2015, Roraima recebe um número crescente de venezuelanos que fogem da crise econômica e política vivida no regime de Nicolás Maduro.

Nos últimos três anos, mais de 20 mil pediram refúgio à Polícia Federal. A estimativa é que atualmente pelo menos 450 imigrantes cruzem todos os dias a fronteira do país – alguns até a pé. Só na capital Boa Vista há 40 mil, segundo a prefeitura.

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