Produtores de leite e derivados, em estados como Wisconsin, Idaho e Califórnia, onde a indústria depende de mão de obra imigrante, andam apreensivos com as possíveis consequências econômicas da proposta de deportações em larga escala do governo.
Mais da metade da força de trabalho nas fazendas leiteiras dos EUA é composta por imigrantes, incluindo pessoas sem documentação regular. Em estados como Wisconsin, esse índice chega a 70%, segundo dados do setor, e em Idaho, lideranças locais contabilizam que cerca de 90% dos trabalhadores sejam imigrantes. Produtores afirmam que a falta de mão de obra afetaria a produção, podendo provocar aumento de preço do produto e derivados, além de eventual escassez no mercado. Um fazendeiro em Wisconsin, John Rosenow, disse à imprensa que muitos estabelecimentos não conseguiriam operar sem seu atual contingente de trabalhadores.
O governo sugeriu recentemente que produtores rurais poderiam solicitar a permanência de determinados trabalhadores indocumentados, com base na sua contribuição econômica. Essa proposta, no entanto, ainda exigiria aprovação do Congresso para entrar em vigor.