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Japão torna-se quinto país a colocar espaçonave na Lua

O Japão, em busca de um papel mais significativo no espaço, colabora estreitamente com os Estados Unidos para enfrentar desafios, especialmente em meio à crescente influência da China

Sonda lunar Slim aguarda confirmação de pouso na Lua. Foto: JAXA

Nesta sexta-feira (19), a Agência de Exploração Aeroespacial do Japão (Jaxa) comunicou que sua sonda lunar, Slim, realizou um pouso na superfície lunar, tornando-se o quinto país a colocar uma espaçonave na Lua. A confirmação da comunicação com a sonda ainda está em processo de verificação.

Conhecido como “atirador lunar”, o Slim visa aprimorar a tecnologia de aterrissagem, tornando-se uma ferramenta crucial para a exploração futura dos pólos lunares montanhosos. Essas áreas são vistas como fontes potenciais de oxigênio, combustível e água, elementos cruciais para sustentar a vida humana. A Jaxa estima que levará até um mês para verificar se o Slim atingiu com sucesso seus objetivos de alta precisão.

O Japão, em busca de um papel mais significativo no espaço, colabora estreitamente com os Estados Unidos para enfrentar desafios, especialmente em meio à crescente influência da China. Além disso, o país abriga diversas startups espaciais do setor privado, enquanto a Jaxa planeja enviar um astronauta à Lua como parte do programa Artemis da Nasa nos próximos anos.

Apesar desses esforços, a agência espacial japonesa enfrentou contratempos recentes no desenvolvimento de foguetes, incluindo o fracasso do lançamento do foguete H3 em março. Essa falha resultou em atrasos significativos em várias missões espaciais, incluindo a Slim e uma colaboração lunar com a Índia, que realizou uma aterrissagem histórica no polo sul da Lua em agosto com a sonda Chandrayaan-3.

A Jaxa, que já pousou duas vezes em pequenos asteroides, destaca a complexidade da missão lunar devido à gravidade da Lua, impossibilitando tentativas adicionais de pouso. Enquanto isso, missões lunares de outras entidades, como a startup japonesa ispace, a agência espacial russa e a empresa norte-americana Astrobotic, enfrentaram desafios no ano passado.

Até o momento, apenas quatro nações – a antiga União Soviética, os Estados Unidos, a China e a Índia – alcançaram uma aterrissagem suave na superfície lunar, sem participação de empresas privadas nesse feito impressionante.

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