O juiz federal Charles Breyer rejeitou, na terça-feira (10), o pedido de emergência apresentado pelo governo da Califórnia para barrar a mobilização da Guarda Nacional e de fuzileiros navais em Los Angeles, autorizada pelo presidente Donald Trump. A medida ocorre em meio a protestos crescentes contra operações de imigração conduzidas pelo Serviço de Imigração e Controle de Alfândega (ICE), que resultaram em confrontos e dezenas de prisões nos últimos dias. O magistrado afirmou que haverá tempo suficiente para que o estado apresente seus argumentos em audiência marcada para quinta-feira, 12 de junho.
A decisão reforça a tensão crescente entre autoridades estaduais e federais em temas sensíveis como imigração e militarização da segurança pública. Especialistas avaliam que o caso pode ter repercussões duradouras sobre os limites do poder federal em relação aos estados.
O governador Gavin Newsom e o procurador-geral do estado, Rob Bonta, entraram com uma ação judicial, alegando que a intervenção militar federal sem o consentimento do estado viola princípios constitucionais de soberania estadual. Eles afirmam que o uso de Forças Armadas em áreas civis representa um risco ao equilíbrio democrático e aos direitos dos cidadãos, além de agravar a tensão nas ruas.
Trump declarou que a presença das tropas é essencial para restaurar a ordem pública e garantir a segurança diante dos protestos “violentos e descontrolados” em Los Angeles.