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Trump vence na Flórida com apoio massivo dos latinos de Miami-Dade

Trump venceu a segunda eleição no estado com um aumento substancial na preferência da comunidade latina da região da Miami, em relação ao pleito de 2016

Condado de Miami-Dade foi um dos mais decisivos para a vitória de Trump no estado (foto: Reuters)
Condado de Miami-Dade foi um dos mais decisivos para a vitória de Trump no estado (foto: Reuters)

Com o forte apoio dos eleitores de origem latino-americana, Donald Trump venceu na Flórida – mais uma vez.

A vitória Republicana no estado, declarada ainda na noite de terça-feira (3), mostrou um resultado nem tão apertado se comparado com a eleição presidencial de 2016, em que Trump bateu Hillary por uma diferença de 1,2%.

Desta vez, a diferença entre os candidatos foi 51,25% para Trump contra 47,85% para Biden, uma alta de 12 pontos percentuais em relação ao desempenho do atual presidente há quatro anos.

Com isso, a Flórida sai da categoria “swing state” estado pêndulo na tradução em português, expressão usada para redutos eleitorais que não se caracterizam por uma maioria partidária, e passa para a ser um estado majoritariamente Republicano.

E o condado de Miami-Dade, um dos mais populosos e com um dos maiores contingentes de latinos do estado teve uma grande participação neste resultado, garantindo que Trump superasse suas margens de 2016.

Com 95% dos votos apurados, Trump registrava 192 mil votos a mais do que o obtido na região nas últimas eleições – 526 mil contra 334 mil – um aumento decisivo do eleitorado Republicano.

Já Biden registrou 610 mil votos em comparação com os 640 mil obtidos por Hillary quatro anos atrás no condado.

José Dante Parra, um consultor democrata baseado em Miami e ex-conselheiro sênior do ex-senador Harry Reid, disse ao jornal Miami Herald que as mensagens antissocialistas espalhadas pelos Republicanos prejudicaram Biden. “Tradicionalmente o eleitorado cubano-americano e venezuelano-americano na Flórida não vota em progressistas, devido suas posições anti-Castro e anti-chavismo”, disse.

Mas havia esperanças de um posicionamento diferente entre outros grupos como porto-riquenhos e mexicanos.

“Os democratas perderam o voto hispânico. Não só o dos cubanos. Também dos argentinos, bolivianos, colombianos… São todos trumpistas aqui”, disse Eduardo Gamarra, professor de Ciência Política da Florida International Universitu (FIU).

A comunidade hispânica da Flórida representa 19% do eleitorado total do estado, segundo o Pew Reaserch Center.

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