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Mãe brasileira luta na Corte para retomar guarda de filho americano

Menino de 13 anos veio passar férias com o pai americano no Tennessee e não voltou mais para casa no Brasil

Brasileira briga na Corte por guiarda do filho
Brasileira briga na Corte por guiarda do filho

O destino de Gustavo Gaskin, de 13 anos, está nas mãos da Justiça do Tennessee que vai decidir se o menino volta ou não para o Brasil com a mãe brasileira Cheyenne Menegassi. Até o fechamento desta edição na noite de quinta-feira (8), a audiência de conciliação ainda não havia terminado.

O drama de Cheyenne começou em junho, quando ela mandou o filho Gustavo, nascido nos EUA, para passar um mês de férias com o pai Samuel Gaskin no Tennessee. Gustavo viajou dia 23 de junho e sua passagem de volta estava marcada para o dia 29 de julho. O problema é que, segundo relato de Cheyenne ao AcheiUSA, desde que o menino viajou ela mal conseguiu falar com o filho. “Meu filho saiu daqui com um Iphone e um Ipad para fazer contato e simplesmente parou de fazer. Eu tentava mandar mensagens e ninguém respondia. Passei a enviar e-mails para a família americana dele para ver se alguém respondia, até que uma irmã do Samuel me disse que nem sabia que o sobrinho estaria nos EUA. E que o irmão teria se afastado da família e se isolado numa fazenda, que ninguém tinha mais contato”, contou.

Foi então que Cheyenne acionou uma advogada no Brasil que deu um documento provisório para a guarda de Gustavo e ela embarcou para os EUA no dia 03 de agosto. Embora Samuel tenha conseguido a guarda emergencial do filho na Justiça americana, a Convenção de Haia, da qual os dois países são signatários, estabelece que, nesse caso, a discussão sobre a guarda deve ocorrer no país onde mora a criança.

No dia 23 de agosto, ela teve uma audiência na Justiça e só nesta data conseguiu ver o filho. “Ele estava muito estranho, não dizia nada. Não falou nada comigo, passou por mim e começou a chorar”, disse. “O pai disse que o filho estava com medo de mim. Medo de que? Criei meu filho sozinha, sem qualquer ajuda dele. Não sei o que ele está fazendo com a cabeça do menino”, lamentou a mãe.

A brasileira acredita que Samuel esteja obrigando o menino a ficar com ele e, por esse motivo, não a deixa fazer contato. “Se meu filho quiser morar com o pai nos Estados Unidos para estudar, eu não me oponho. Mas ele tem que ir ao Brasil, concluir este ano letivo, se despedir da família, para então vir. Mas não é o que está parecendo. Ele está sendo obrigado pelo pai a fazer o que não quer”.

Segundo Cheyenne, ela morou com o pai de Gustavo por quatro anos, levou o filho para o Brasil quando ele tinha dois anos e o pai sempre foi ausente. “Ele não pagava pensão, mandava um ou outro e-mail pedindo notícias e  uma vez viemos visita-lo. Este ano ele começou a aparecer mais, ofereceu dinheiro, mas nunca imaginei que ele faria isso”.

Mobilização nas redes sociais

Cheyenne e Guga, como é conhecido, são de uma pequena cidade no interior de São Paulo, Santa Rosa do Viterbo, que tem 26 mil habitantes. Ela é professora e muito querida na cidade onde todos acompanham o caso e torcem para que Guga volte para casa. Já houve passeatas e manifestações na cidade. Eles também fizeram uma camisa e fizeram diversas postagens nas redes sociais com a hashtag # #VoltaproBrasilGuga

Amigos se mobilizam nas redes sociais para volta de Guga ao Brasil
Amigos se mobilizam nas redes sociais para volta de Guga ao Brasil

 

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