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Marchas contra o governo marcam o primeiro dia do ano em Hong Kong

Polícia dispersou a multidão com gás lacrimogêneo e canhões de água

As manifestações em Hong Kong têm levado o caos para as ruas (Foto: Studio Incendo - Wikimedia)
As manifestações em Hong Kong têm levado o caos para as ruas (Foto: Studio Incendo – Wikimedia)

O novo ano em Hong Kong começou da mesma forma que 2019 terminou: uma marcha contra o governo no dia 1 de janeiro repetiu as cenas de caos quando a polícia tentou dissipar a multidão com gás lacrimogêneo e canhões de água. Antes, porém, os manifestantes promoveram um quebra-quebra, o que resultou em mais de 400 detenções.

A violência tem sido a marca registrada destas marchas, que no início do movimento eram pacíficas. A insatisfação da população com as autoridades e as medidas contra as concessões na região semiautônoma governada pela China, porém, tem aumentado na mesma proporção do caos. Em Wanchai, um distrito famoso pelo comércio, alguns manifestantes fizeram pichações com spray e destruíram caixas eletrônicos em uma agência bancária. O confronto com os policiais acabou atingindo até famílias com crianças que estavam na região para celebrar o feriado.

A atmosfera ficou tensa também onde os participantes dos protestos tentaram bloquear estradas e ainda jogaram bombas de coquetel molotov em agências bancárias, especialmente do grupo HSBC, que supostamente teria denunciado às autoridades os nomes de quatro membros de um grupo que levantou recursos para apoiar os manifestantes – e acabaram presos.

O slogan desta marcha no ano novo era ‘A liberdade não é livre’. Os líderes do movimento afirmaram que há cinco exigências que devem ser atendidas para que as manifestações terminem. Além disso, eles esperam que a polícia seja responsabilizada por sua brutalidade. “Sem que isso aconteça, não podemos ter um feliz ano novo”, disse um dos manifestantes. 

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