O mercado de trabalho dos Estados Unidos voltou a mostrar sinais de alerta para a economia em agosto. Segundo o Bureau of Labor Statistics (BLS), foram criadas somente 22 mil vagas, bem abaixo da expectativa de 76,5 mil. Além disso, o mês de junho teve revisão negativa, com perda de 13 mil empregos, marcando o primeiro declínio em quase quatro anos.
O desemprego subiu para 4,3%, o nível mais alto desde 2021, enquanto a participação na força de trabalho aumentou, refletindo que mais pessoas voltaram a procurar emprego. Mesmo assim, o crescimento salarial está desacelerando: os ganhos médios por hora aumentaram 3,7%, uma queda em relação a julho, e os salários reais ajustados pela inflação cresceram apenas 1,2% no ano.
O setor de saúde e educação foi o principal responsável pelo crescimento, adicionando quase 47 mil vagas, mas representa só 15% da força de trabalho. Outros setores sofreram perdas: manufatura eliminou 12 mil empregos, governo perdeu 16 mil e serviços profissionais e de negócios, 17 mil.
Economistas alertam que a economia enfrenta incertezas: tarifas, inflação persistente e o enfraquecimento da força de trabalho imigrante, e que a desaceleração no emprego pode indicar um arrefecimento mais amplo da atividade econômica.