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México pode passar a exigir vistos de brasileiros para conter a imigração para os EUA

País vizinho aos EUA começa a exigir vistos de equatorianos a partir do dia 4; de janeiro a julho, 157 mil brasileiros entraram no México por via aérea

Aeroporto de Mexico City (Foto Divulgação)

O México avalia a possibilidade de exigir vistos de brasileiros para conter a imigração ilegal para os EUA. De acordo com informações do jornal El Sol de México, muitos brasileiros chegam ao país alegando estarem fazendo turismo, quando na verdade seguem para a fronteira dos EUA para atravessar ilegalmente.

Fontes da Secretaria de Relações Exteriores informaram que o Peru também estaria na lista. A partir do dia 4 de setembro, o México passa a exigir vistos de equatorianos, o que não era necessário anteriormente.

De janeiro a julho, um total de 157.980 brasileiros entraram no México por via aérea, segundo dados oficiais. O México é um dos países que estão permitindo a entrada de brasileiros durante a pandemia, sem exigir vacina, teste ou quarentena. Muitos brasileiros que têm visto de turista têm ido para o local fazer a quarentena antes de seguir para os EUA.

Não seria a primeira vez que seria exigido para a entrada de brasileiros no México. Em 2005, após os Estados Unidos registrarem um grande aumento no volume de imigrantes ilegais brasileiros, o governo de Vicente Fox passou a exigir o visto de entrada dos turistas vindos do Brasil e do Equador. Um ano depois, em 2006, o número de prisões de brasileiros na fronteira caiu drasticamente e permaneceu estável.

Em 2013, os governos de Dilma Rousseff e Enrique Peña Nieto concordaram em o fim do visto para brasileiros no México. E, cinco anos depois, caiu a mesma exigência para os equatorianos. Naturalmente, o fluxo de viajantes aumentou muito, mas junto com os turistas, cresceu o número de imigrantes ilegais.

Rejeição a brasileiros em aeroportos

De janeiro a abril deste ano, 1.846 viajantes brasileiros tiveram sua entrada negada em aeroportos mexicanos, ou 2,3% do total dos visitantes. É quatro vezes o número das rejeições no mesmo período em 2020 e também em 2019, no pré-pandemia. O Brasil é o terceiro país de origem com mais inadmitidos, atrás do Equador e da Colômbia.

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