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Miami-Dade encerra aulas de cidadania para imigrantes após cortes federais

O Departamento de Segurança Interna determinou que as aulas “já não atendem aos objetivos do programa”

Estudos indicam que cidadãos naturalizados tendem a ganhar mais e pagar mais impostos.
Estudos indicam que cidadãos naturalizados tendem a ganhar mais e pagar mais impostos (Foto: Divulgação/Miami Dade Schools)

O curso Fast Track to Citizenship, que era oferecido nas escolas públicas de Miami-Dade a residentes permanentes legais em busca da cidadania americana, foi cancelado. Segundo revelou o Miami Herald, o Departamento de Segurança Interna determinou que as aulas “já não atendem aos objetivos do programa nem às prioridades do Departamento.” Como resultado, todo o trabalho financiado pelo subsídio federal “será considerado inadmissível.”

O currículo de 2025 do distrito ainda lista o curso como uma oferta disponível em oito locais, incluindo o The English Center e centros de educação de adultos em Miami Beach e Hialeah. No entanto, ao buscar informações por telefone ou nas unidades de ensino, os interessados são informados de que as aulas de cidadania foram suspensas devido a cortes no financiamento.

Na opinião de Carlos Manrique, que dirigiu por 26 anos o programa de educação de adultos no distrito e atuou como legislador republicano no comitê estadual de educação, o cancelamento do programa é “uma traição” contra pessoas que estão legalmente no país. Ele enfatizou que os cursos eram amplamente financiados com verbas federais, com apoio ocasional de subsídios para o ensino de inglês como segundo idioma.

Por mais de uma década, as escolas públicas de Miami-Dade mantiveram uma parceria com os Serviços Jurídicos Católicos, sob a Arquidiocese de Miami, para ajudar os alunos dos cursos de cidadania a prepararem suas solicitações. Randy McGrorty, que lidera esses serviços jurídicos desde sua fundação em 1998, ressalta a importância dessas aulas e estima que pelo menos meio milhão de residentes permanentes legais nos EUA são elegíveis à cidadania, mas ainda não aplicaram por medo do exame.

“Estou absolutamente convencido de que quem se prepara para a cidadania sabe mais sobre civismo do que muitos cidadãos americanos”, afirma McGrorty.

Com informações do Miami Herald.

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