Geral

Miami Heat critica ameaças e ‘discurso de ódio’ contra imigrantes haitianos

O impacto do discurso divisivo ainda é sentido em várias partes do país, com a tensão crescente em comunidades imigrantes. Time resolveu se posicionar contra as alegações infundadas feitas por Donald Trump e JD Vance, que têm gerado ameaças a haitianos em Ohio.

O Miami Heat se posicionou a favor dos imigrantes haitianos em meio a uma onda de desinformação e ameaças decorrentes ainda do último debate presidencial. Foto: Site oficial da NBA/ Heat

Dias após os comentários feitos durante o debate presidencial, o impacto do pronunciamento divisivo ainda é sentido em várias partes do país, com a tensão crescente em comunidades imigrantes. O Miami Heat não se conteve e se posicionou contra o “discurso de ódio” dirigido aos imigrantes haitianos. O time se manifestou em resposta a alegações de que haitianos estariam roubando e comendo animais de estimação em Ohio. “A narrativa falsa que os cerca é dolorosa e ofensiva, transformando pessoas inocentes em alvos de ameaças e violência”, declarou a equipe.

Miami-Dade, onde o Heat tem suas raízes, abriga uma das maiores comunidades haitianas do país. Cerca de 3,7% dos 2,7 milhões de residentes do condado são haitianos, uma presença significativa na região. O time ainda destacou que seus funcionários, torcedores e amigos haitianos merecem um tratamento melhor e mais respeitoso.

As alegações infundadas, impulsionadas por Trump e seu colega de chapa JD Vance, geraram um efeito cascata de ameaças de bomba e atos hostis contra a comunidade de Springfield, Ohio. Vance, durante aparições em programas da NBC e CNN, se recusou a pedir desculpas, afirmando que não se envergonha de “criar uma história” que direciona a atenção para a imigração. Organizações de defesa dos imigrantes, como a America’s Voice, estão alarmadas com essa retórica anti-imigrante. Vanessa Cardenas, diretora executiva do grupo, destacou que essas mentiras são parte de um discurso mais amplo que promove a violência política. Sophia Pierrelus, uma defensora da imigração e nativa de Port-au-Prince, revelou que seu filho tem sido alvo de assédios em Columbus, com pessoas questionando se ele come gatos e cachorros. “Eles estão ouvindo a mensagem de Trump”, lamentou.

Compartilhar Post:

Baixe nosso aplicativo