Apesar de San Francisco e Nova York liderarem o ranking de aluguéis mais caros dos EUA, essas cidades não são necessariamente as mais difíceis para os inquilinos. Um levantamento recente da Realtor.com mostra que o peso do aluguel no orçamento das famílias depende mais da renda local do que do valor absoluto pago mensalmente.
“Aluguel acessível não é só sobre preço alto — é sobre como esse valor se compara à renda média da região”, explica Hannah Jones, analista da Realtor.com. Nesse sentido, cidades como Miami, Nova York e Los Angeles continuam sendo caras tanto nos preços quanto na proporção da renda destinada à moradia. Em Miami, por exemplo, o aluguel consome em média 37,6% da renda dos moradores.
Já mercados como Tampa e Milwaukee, apesar de terem aluguéis mais baixos em valores absolutos, apresentam uma carga alta no orçamento justamente porque os salários locais são menores. O estudo reforça que o critério mais relevante para medir a acessibilidade é a fatia da renda comprometida com moradia — e não apenas o valor do aluguel.
Para brasileiros que vivem nos Estados Unidos, especialmente em estados como Flórida e Califórnia, onde há grandes comunidades, esse dado é um alerta importante. Avaliar o custo de vida vai além do preço da moradia: é essencial considerar o quanto se ganha localmente para entender o impacto real no bolso.
