Imigração

Mulher atingida por agente da Border Patrol em Chicago não será processada

Promotores federais retiraram as acusações contra Marimar Martinez depois de analisar mensagens do agente e questionamentos sobre evidências, reacendendo o debate sobre o uso de força em operações de imigração.

Marimar Martinez mostra ferimentos no braço sofridos durante o disparo da Border Patrol em Chicago, episódio que gerou debate sobre o uso de força por agentes federais. Foto: Reprodução TV

Promotores federais desistiram das acusações criminais contra Marimar Martinez, a mulher atingida por disparos de um agente da Border Patrol durante a “Operation Midway Blitz”, em Chicago. O pedido de arquivamento foi feito depois de análise de fatos novos e informações.

Mensagens de texto do agente Charles Exum, apresentadas durante a audiência, mostram que ele descreveu os disparos contra Marimar de forma comemorativa, relatando quantos tiros disparou e quantos ferimentos teriam sido causados. A defesa questionou o manuseio das evidências, incluindo o transporte da viatura danificada para outro estado para conserto, apontando possíveis inconsistências na preservação dos elementos do caso.

As acusações originais contra Marimar, que é cidadã americana, envolviam alegações de que ela teria usado seu carro para obstruir ação dos agentes federais. O arquivamento do processo criminal não impede que, no futuro, a vítima busque reparação em ação civil, caso decida fazê-lo.

O episódio reacende o debate sobre o uso de força por agentes federais, a transparência em operações de imigração e a responsabilidade das autoridades em casos que envolvem disparos contra civis. Representantes políticos locais pediram maior clareza sobre o incidente e acesso integral às imagens das câmeras corporais para investigação.

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